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Papa Francisco/África

Em Uganda, primeiro discurso de Papa Francisco é sobre refugiados

Depois do Quênia, o Papa Francisco prossegue sua viagem de cinco dias à África visitando Uganda. Ele chegou ao país na sexta-feira (27), onde foi acolhido ao ritmo de cantos, músicas tradicionais e danças, e falou sobre a crise migratória. Neste sábado (28) ele foi recebido por milhares de pessoas e rezou uma grande missa ao ar livre, na qual lembrou o sacrifício de jovens fiéis no século XIX.

Papa Francisco sauda a multidão de fiéis em Kampala, capital de Uganda, neste sábado, 28 de novembro de 2015.
Papa Francisco sauda a multidão de fiéis em Kampala, capital de Uganda, neste sábado, 28 de novembro de 2015. REUTERS/Stefano Rellandini
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Após visitar Nairobi, o papa desembarcou em Uganda, segunda etapa de sua visita à África, a mensagem de Francisco foi clara: “O tratamento reservado aos refugiados põe em prova nossa humanidade. Nosso mundo vive a experiência de um movimento de povos sem prescedentes. O modo como os tratamos é um teste de nossa humanidade, nosso respeito da dignidade humana e, sobretudo, da nossa solidariedade com irmãos e irmãs necessitados”, disse o Papa, em seu primeiro discurso no país.

No Palácio Presidencial em Entebbe, nos arredores da capital Kampala, Francisco foi recebido pelo chefe de Estado Yoweri Museveni, há 30 anos no poder. Francisco pediu aos políticos locais que trabalhem em nome da verdade, da justiça e da reconciliação, sem esquecer de elogiar a acolhida que o país vem dando aos refugiados dos vizinhos em conflito. Para ele, probreza e falta de esperança estão na origem do terrorismo, como afirmou no Quênia.

Uma conversa privada de vinte minutos também aconteceu com o presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir. A guerra civil no país já matou mais de 10.000 pessoas e causou o deslocamento de dois milhões.

Mártires cristãos e anglicanos

O Sumo Pontífice se dirigiu neste sábado (28) a Namugongo, perto da capital Kampala, considerado um reduto importante da Igreja do país. Diante de cerca de 100.000 fiéis fervorosos, ele rezou uma grande missa ao ar livre, na qual homenageou o martírio de jovens católicos e anglicanos no século XIX; eles foram queimados vivos ou assassinados. Foi a partir desse episódio histórico dramático que nasceu a unidade da nação ugandesa.

Em 1886, o rei Mwanga condenou à morte jovens pajens, cristãos e anglicanos, que se recusaram a renegar a fé e se tornarem seus escravos sexuais.

O Papa Francisco segue no domingo para a República Centro-Africana, considerada a etapa mais perigosa de sua viagem.

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