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Linha Direta

Líderes do G20 alertam para comparação da crise de migrantes com terrorismo

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Os chefes de Estado e de governo das 20 grandes potências mundiais pediram que todos os países do planeta contribuam na gestão da crise migratória. A declaração comum foi feita no final da reunião de cúpula do G20 em Antália, na Turquia. Alguns líderes também ressaltaram que não se pode comparar migrantes com terroristas.

O presidente norte-americano Barack Obama lembrou que os refugiados sírios são os mais afetados pelo terrorismo.
O presidente norte-americano Barack Obama lembrou que os refugiados sírios são os mais afetados pelo terrorismo. REUTERS/Umit Bektas
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Sandro Fernandes, de Antália, especial para a RFI

A ameaça terrorista e os ataques em Paris foram, como esperado, alguns dos principais assuntos da Cúpula do G20, em Antália, na Turquia. Logo no primeiro dia do evento os líderes dos cinco países que compõem os Brics – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – tiveram uma reunião paralela na qual condenaram o que definiram como “bárbaros atentados em Paris”. Eles também transmitiram as suas condolências aos familiares das vítimas e estenderam os votos de pronta recuperação aos feridos.

O presidente turco, Recep Erdogan, pediu um minuto de silêncio na cerimônia de abertura do encontro e condenou energicamente os atentados em Paris.

Barack Obama declarou que "a matança de pessoas inocentes com base em uma ideologia distorcida não é apenas um ataque à França, e não apenas um ataque à Turquia, mas um ataque contra o mundo civilizado”. O presidente norte-americano também disse que não se deve fechar as portas para os refugiados por temor de atentados terroristas. "As pessoas que fogem da Síria são as mais afetadas pelo terrorismo, as mais vulneráveis", afirmou Obama depois da cúpula do G20 na Turquia. “É muito importante que não fechemos nossos corações para as vítimas desta violência nem comecemos a comparar o tema dos refugiados com o tema do terrorismo".

O líder norte-americano retomou os mesmos termos usados um pouco mais cedo pelo presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker. “Não podemos esquecer que os refugiados estão fugindo das mesmas pessoas que organizaram os ataques de Paris”, martelou o luxemburguês.

Dilma repudiou os ataques

A presidente Dilma Rousseff expressou o “veemente repudio do povo brasileiro pelos ataques do que levaram a morte de pessoas de diferentes nacionalidades em Paris”. A representante de Brasília disse ainda que as atrocidades cometidas na capital francesa tornaram mais urgente a ação em conjunto de toda a comunidade global no combate sem trégua ao terrorismo.

Um dos momentos mais esperados foi o encontro entre Obama e Putin. Os líderes dos Estados Unidos e Rússia tiveram uma conversa informal, de 30 minutos, nos bastidores do G20. Os dois chefes de Estado concordaram com a necessidade de um transição política na Síria, liderada pelos sírios e com as Nações Unidas fazendo a mediação entre a oposição e o governo de Bashar al-Assad.

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