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Grécia/Economia

Milhares protestam na Grécia contra novas medidas aprovadas pelo parlamento

O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, continua tentando salvar a economia. Na madrugada de sábado (17) a maioria do parlamento aprovou um novo pacote de medidas exigidas pelos credores para continuarem a emprestar dinheiro ao país. Antes da votação houve um grande tumulto na capital, com milhares de pessoas protestando contra mais austeridade.

Gregos nas ruas na noite de sexta-feira, 16 de abril, quando o parlamento votava o novo pacote de austeridade.
Gregos nas ruas na noite de sexta-feira, 16 de abril, quando o parlamento votava o novo pacote de austeridade. REUTERS/Alkis Konstantinidis
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As ruas de Atenas foram palco de diversos confrontos na sexta-feira (16) antes do parlamento começar a votar o pacote de novas medidas de austeridade exigidas pelos credores, Fundo Monetário Internacional, União Europeia e Banco Central Europeu. Vitrines quebradas, caixas eletrônicos destruídos e uma verdadeira batalha entre civis e policiais que terminou com a prisão de mais de 50 pessoas e seis feridos.

O clima só se acalmou no fim da noite. Enquanto isso, uma outra batalha, desta vez parlamentar, durou até a madrugada, com os partidos defendendo suas posições.

A austeridade venceu com os votos da maioria que apoia a coalizão do governo e a direita (155 de 300 deputados).

A oposição em peso - dos nazistas aos comunistas, votou contra a lei, e as críticas ao pacote aprovado são severas. O grande rival de Tsipras, o conservador Vangelis Meimarakis, apontou que a decisão deve abrir caminho para uma ofensiva fiscal que vai desencadear uma grande recessão.  Uma deputada do partido do governo classificou o acordo de "crime contra a humanidade e genocídio social". 

Tsipras: "um mau acordo é melhor do que nenhum"

Alexis Tsipras se defende, dizendo que "um mau acordo é melhor do que nenhum".  Ele mesmo discorda de muitos pontos, mas garante que o plano é melhor do que anterior que foi rejeitado.

O plano prevê discussões sobre o perdão de parcelas e o alongamento da dívida, o que deve melhorar a situação do país nos próximos anos. A lei aprovada aplica e amplia as medidas adotadas em meados de agosto pelo Parlamento após o acordo de 13 de julho.

Sua aprovação era uma condição imposta pela UE e o FMI para efetivar a próxima parcela de empréstimo de EUR 2 bilhões (R$ 7 bilhões) .

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