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Linha Direta

Suíça coopera com procuradores brasileiros da Lava Jato

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O Ministério Público da Suíça anunciou nesta quinta-feira (23) as primeiras pistas de uma investigação aberta em 2014 contra a construtora brasileira Odebrecht. De acordo com a porta-voz do órgão, Nathalie Guth, "há suspeitas de que empresas pertencentes à construtora Odebrecht depositaram propina nas contas de antigos dirigentes da Petrobras”.

A procuradoria-geral da República da Suíça informou que ampliou uma investigação de corrupção na Petrobras.
A procuradoria-geral da República da Suíça informou que ampliou uma investigação de corrupção na Petrobras. Pilar Olivares/Reuters
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A representante da justiça suíça disse que os primeiros resultados da investigação indicam que o “sistema financeiro do país foi seriamente afetado pelo escândalo” e implicam “muitas pessoas e empresas brasileiras que realizaram transações suspeitas em contas da Suíça.”

De acordo com a correspondente da RFI em Zurique, Deborah Berlinck, "os suíços estão passando um verdadeiro pente fino na movimentação de várias contas nos bancos do país que podem estar relacionadas à corrupção na Petrobras".

De acordo com as autoridades locais, que mantêm a maior parte da investigação em sigilo, as propinas eram pagas a funcionários da Petrobrás que já tinham conta bancária na Suíça. Deborah relata que "há várias pessoas e outras empresas associadas sendo alvo destas investigações".

Em comunicado, o Ministério Público da Suíça disse que os primeiros resultados indicam que o "sistema financeiro suíço foi seriamente afetado pelo escândalo". "Ou seja, este não é um caso qualquer para as autoridades do país", observa a correspondente.

Cooperação

"Todas estas informações levantadas aqui estão sendo enviadas aos procuradores da Operação Lava Jato no Brasil. Brasileiros confirmam que nunca houve uma cooperação tão grande entre Suíça e Brasil na troca de informações sigilosas de bancos como agora. A primeira investigação suíça foi aberta em abril. De lá para cá, a comunicação entre os dois países tem sido intensa", afirma Deborah Berlinck.

De fato, procuradores brasileiros estiveram na Suíça para analisar as movimentações bancárias e o próprio procurador-geral da Suíça, Michael Lauber, esteve no Brasil. De acordo com a correspondente, "pelo menos US$ 400 milhões já foram bloqueados na Suíça desde o início das investigações".

Para ouvir a íntegra do programa Linha Direta com a correspondente da RFI em Zurique, Deborah Berlinck, clique no link acima.

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