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Imprensa

Caso de vírus HIV controlado sem medicação intriga médicos e imprensa francesa

O caso da jovem que teria conseguido controlar o vírus HIV sem medicação foi recebido com bastante esperança pela imprensa francesa e domina as manchetes desta terça-feira (21). Médicos e pesquisadores do hospital infantil Necker, de Paris, acompanharam uma paciente que nasceu com o vírus e que há 12 anos não apresenta mais sinais de estar infectada.

Hospital Infantil Necker, em Paris, onde a pesquisa foi realizada.
Hospital Infantil Necker, em Paris, onde a pesquisa foi realizada. Wikipedia
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O trabalho foi apresentado em Vancouver, no Canadá, onde ocorre a maior conferência científica sobre o HIV e a Aids do mundo. Uma menina francesa de 18 anos e meio nasceu infectada. Sua mãe era soropositiva e a criança, logo ao nascer, foi detectada com um tipo agressivo do HIV.

Durante seus três primeiros meses de vida, ela recebeu tratamento. Mas, aos cinco anos, parou de ser acompanhada pelos médicos. A garota reapareceu no hospital um ano depois. Apesar de ter passado todo esse tempo sem receber nenhuma medicação, o vírus permaneceu indetectável. E continua assim até hoje, intrigando especialistas.

Fim da epidemia até 2030

De acordo com o pediatra do hospital Necker Pierre Frange, onde a moça recebeu o tratamento, esse caso deve ser comparado a outros, de pessoas contaminadas em idade adulta, que foram tratadas logo depois da contaminação e que, depois de alguns anos de tratamento, controlaram espontaneamente sua taxa viral. O médico, entrevistado pela RFI, contou que não sabia se isso poderia acontecer com uma criança. O caso dessa garota confirmou que sim.

Não se pode dizer, no entanto, que a moça esteja curada. Existe o risco de o vírus voltar a se reproduzir e é por isso que os especialistas preferem não falar em eliminação completa do HIV.

O jornal Le Figaro de hoje destaca que essa boa notícia abre uma nova frente de pesquisa, que se soma às tantas outras já existentes. O mais importante, diz o jornal, é que os especialistas hoje já arriscam fazer uma previsão de que até 2030 a Aids não poderá mais ser chamada de epidemia, ou seja, não haverá mais novos infectados. O desaparecimento completo do HIV ainda demorará muito mais tempo, já que hoje 35 milhões de pessoas no mundo todo convivem com o vírus.

 

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