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Egito/Terrorismo

Atentado mata procurador-geral do Egito; grupo EI faz ofensiva contra judiciário do país

O procurador-geral egípcio, Hisham Barakat, não resistiu aos ferimentos e morreu após ter sido atingido por atentado à bomba nesta segunda-feira (29) no Cairo. O ataque ainda não foi reivindicado, mas o braço do grupo Estado Islâmico no Egito havia feito um apelo para seus partidários atacarem representantes da justiça.

Hisham Barakat, procurador-geral do Egito, ficou ferido na explosão de uma bomba nesta segunda-feira no Cairo.
Hisham Barakat, procurador-geral do Egito, ficou ferido na explosão de uma bomba nesta segunda-feira no Cairo. REUTERS/Mohamed Abd El Ghany
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O anúncio da morte de Barakat foi feito pelo ministro da Justiça Ahmed al-Zind no hospital para onde o procurador-geral havia sido transportado.

A comitiva com o procurador-geral foi alvo de uma bomba que, segundo testemunhas, teria destruído totalmente pelo menos cinco veículos e provocou estilhaços em diversas lojas do famoso bairro de Heliópolis, ao norte do Cairo.

Marcas de sangue foram vistas pelas ruas. Altos dirigentes da polícia local chegaram a informar que o estado de saúde do procurador-geral era "bom". Outra fonte esclareceu que o magistrado tinha sido ferido por vidros quebrados durante a explosão, que acontece em frente a uma academia militar.

O general Mohamed Gamal, chefe do esquadrão antibombas, indicou que o atentado foi programado com um carro-bomba ou com um explosivo colocado embaixo de um dos veículos.

Apelo para atacar juízes

No dia 21 de maio, o braço egípcio do grupo Estado Islâmico pediu aos seus partidários para atacar os juízes em represália à execução de homens julgados culpados de atentados em nome da organização terrorista.

Dias antes, dois juízes e um procurador foram mortos a tiros no norte do Sinai, leste do país, palco de diversos atentados jihadistas contra as forças de segurança.

O procurador-geral Hisham Barakat indiciou milhares de radicais, sendo que muitos deles foram condenados à morte, após a destituição do presidente islâmico Mohamed Mursi, em julho de 2013.

 

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