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G7 busca união para combater terrorismo islâmico e manobras da Rússia

A reunião de cúpula do G7, no sul da Alemanha, que acontece pelo segundo ano consecutivo sem a presença da Rússia, é um dos destaques internacionais desta segunda-feira (8) na imprensa. Os jornais abordam os principais pontos de consenso e de divergências entre os líderes dos Estados Unidos, Japão, Canadá, Alemanha, França, Itália e Reino Unido.

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O diário conservador Le Figaro utiliza uma declaração da anfitriã, Angela Merkel, para explicar o enfoque das discussões. "O G7 deixou de ser uma reunião de interesses econômicos e tornou-se uma comunidade de valores", costuma dizer a chanceler alemã.

Em relação ao combate ao terrorismo, os sete países estão de acordo. Porém, em assuntos como as sanções à Rússia pela anexação da Crimeia, o acordo de livre comércio entre os Estados Unidos e a União Europeia (TTIP) e ações de combate ao aquecimento global, as divergências persistem, destaca Le Figaro.

O retorno da violência no leste da Ucrânia faz os Estados Unidos e a Alemanha defenderem uma política de linha dura contra o presidente russo, Vladimir Putin. Mas a França acha que o recrudescimento dos combates nos últimos dias não deve significar automaticamente a adoção de novas sanções contra Moscou.

Em relação ao clima, o Japão não quer se comprometer com metas objetivas de redução dos gases que causam o efeito estufa, enquanto Merkel e Hollande pressionam para que o G7 adote uma posição comum, afirma o diário conservador.

Dívida grega preocupa Obama

O jornal Libération nota que por trás dos sorrisos e da cerveja sem álcool que Obama bebeu, ontem, na Baviera, a crise da dívida da Grécia também divide o G7. Obama deixou claro em várias ocasiões que a Grécia deve ficar na zona do euro e ser amparada financeiramente pelos outros países do bloco. O presidente norte-americano pressiona os europeus a aceitar uma reestruturação da dívida grega, mas Bruxelas insiste na imposição de medidas de austeridade. "A união do G7 é um quebra-cabeças", afirma Libération.

O jornal relata que, enquanto o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, dizia ontem na Baviera que esperava receber uma nova proposta de Atenas até quarta-feira, na Grécia o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, e seu ministro das Finanças, Yanis Varoufakis, consideravam as exigências de Bruxelas "um insulto" ao povo grego.

O diário especializado em economia Les Echos também coloca a dívida grega no centro das polêmicas do G7. Les Echos lembra que a falta de equacionamento da dívida leva instabilidade à economia mundial, por isso o assunto é tratado como prioridade no encontro das economias mais desenvolvidas.

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