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A Agenda Europa desta semana se divide entre o passado e o futuro, no cinema e nas artes plásticas. De um lado, Paris volta na história para contar como os irmãos Lumière transformaram a sobreposição de fotografias numa forma de arte que moldou o século XX. De outro, Barcelona recebe um festival que discute novas ideias, novas formas de financiamento e novos caminhos para o cinema independente.

Os irmãos Lumière, que ganham mostra no Grand Palais, em Paris
Os irmãos Lumière, que ganham mostra no Grand Palais, em Paris Wikimedia Commons
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Enquanto La Coruña exibe os primeiros passos do gênio cubista Pablo Picasso, a Alemanha mostra como o continente africano, que já contabiliza mais celulares dos que os Estados Unidos e a Europa, traduz seu boom econômico e social em design, arquitetura e artes plásticas.

Lumière no Grand Palais

há 120 anos, o Salão Indiano do Grand Café de Paris recebia a primeira sessão paga da história do Cinema. E para comemorar este prosaico evento que mudou o curso da humanidade, um dos mais suntuosos museus da cidade reconstrói a história da sétima arte através de suas engenhocas e dos visionários que as fizeram funcionar.

Essa viagem aos primórdios da projeção conta com um auxílio luxuoso da tecnologia digital para mostrar como os irmãos Louis e Auguste Lumière experimentaram uma enormidade de formatos em seus mais de 1500 filmes.

De acordo com o curador Jacques Gerber, "um dos pontos fortes da exposição é mostrar que os Lumière não acordaram um belo dia e disseram: tá aí, hoje vou inventar o cinema!" De acordo com ele, os dois conheciam o trabalho de engenheiros e cientistas, além do quinetoscópio de Dickson, que é a última etapa antes da criação do cinematógrafo.

"Quando Antoine, que era o pai, vai a Paris em 1894, ele vê o quinetoscópio, volta a Lyon e conta a seus filhos: 'eu vi um negócio lá e nós precisamos tirar a imagem da caixa'. Por que dizemos que eles inventaram o cinema? Porque eles inventaram o cinema como espetáculo", afirma o curador.

A exposição Lumière, Le cinéma invité au Grand Palais (o cinema convidado ao Grand Palais) fica em cartaz até o dia 14 de junho.

Mecal

As inovações cinematográficas também dão o tom do Mecal, o Festival Internacional de Curtas e Animações de Barcelona. A ideia deste mega-festival é reunir, a preços populares, profissionais do cinema, estudantes e aficionados em geral, não só para ver produções independentes de mais de 40 países, mas também para trocar ideias.

Até o dia 19 de abril, mais de 350 filmes serão exibidos, entremeados por ciclos de palestras, atividades gastronômicas e workshops.

Jovem Picasso

Também na Espanha, vale a pena dar uma passada pelo Museu de Belas Artes de La Coruña, que exibe mais de 200 obras realizadas por Pablo Picasso quando ele ainda era só um estudante.

Não tem palco melhor para descobrir esse Picasso antes de Picasso. Foi exatamente em La Coruña que ele expôs pela primeira vez, em 1895. Por isso, até hoje a cidade tem como roteiro turístico incontornável a rota de Picasso, que passa por lugares emblemáticos da primeira fase do pintor. A exposição dura até 24 de maio.

África redesenhada

Do sul, subimos à Alemanha para visitar o Vitra Design Museum de Weil am Rheim. Acaba de entrar em cartaz por lá a exposição Making Africa, que se propõe a mostrar, por meio do design da arquitetura e da música, o boom cultural e econômico que o continente atravessa.

São desde óculos de sol até projetos urbanísticos inteiros, que mostram, da África do Sul ao Mali, um rol impressionante de novas ideias.

 

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