Alemanha mergulhada na tristeza após queda do avião da Germanwings
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A perplexidade ainda é grande na Alemanha depois da queda do Airbus da companhia alemã low cost Germanwings, que caiu ontem no sul da França com 150 pessoas a bordo, neste que é considerado um dos piores acidentes da história da aviação civil alemã. Não há sobreviventes. Entre os passageiros, estavam 67 alemães e 45 espanhóis.
Marcio Damasceno, correspondente da RFI Brasil em Berlim
O clima no país é de bastante tristeza, principalmente na pequena cidade de Haltern, no norte da Alemanha, para onde voltava um grupo de 16 alunos e duas professoras de uma escola local depois de de uma semana de intercâmbio numa pequena cidade nos arredores de Barcelona.
A direção da escola decidiu hoje abrir as portas, embora as aulas estejam suspensas, para dar apoio aos alunos, colegas e amigos das vítimas. No aeroporto de Dusseldorf, que era o destino do avião acidentado, equipes de apoio, psicólogos e médicos oferecem ajuda para parentes e amigos das vítimas, disponibilizando até lugares para essas pessoas pernoitarem, se quiserem.
Depois do acidente, dezenas de voos da Germanwings foram cancelados porque os pilotos da empresa teriam se negado a voar.
A Germanwings e a Lufthansa confirmaram que pilotos disseram, por causa do acidente, não estarem em condições psicológicas de voar. As empresas afirmaram que esses funcionários não trabalharam por motivos pessoais e que a decisão deles foi respeitadas. Foram cancelados voos que saíriam de aeroportos como Düsseldorf, Madri, Stuttgart e Berlim, segundo informações da imprensa alemã. Há informações não confirmadas que até mesmo voos da Lufthansa teriam sido cancelados.
O site da revista alemã Der Spiegel havia informado que o Airbus da Germanwings que caiu teria tido um problema técnico no dia anterior ao acidente. A Lufthansa confirmou que houve um problema, mas que ele teria sido totalmente solucionado e que, por isso, o avião foi recolocado em operação.
Outra dúvida que foi levantada diz respeito à idade do avião, que operava há 24 anos. Especialistas em aeronáutica, entretanto, ressaltam que isso não é motivo de preocupação. Aviões podem voar seguramente por várias décadas, por 20, 30 anos, contanto que passem regularmente por inspeções e manutenção, como é o caso da aeronave da Germanwings. A empresa aérea assegura que todos os seus aviões passam por inspeções regulares, que são as mesmas por que passam as aeronaves da Lufthansa.
A chanceler alemã Angela Merkel está na França e sobrevoou de helicóptero o local do acidente, ao lado do presidente François Hollande.
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