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Linha Direta

Maior evento desde as Olimpíadas de Pequim, Cúpula da Apec mobiliza chineses

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A Cúpula da Apec, o Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacifico, que começa nesta segunda-feira (10), é o momento de visibilidade internacional mais importante para a China desde os Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008. Para receber os chefes de Estado com céu azul e evitar a densa poluição e engarrafamentos constantes na capital, a China fechou fábricas e escolas, tirou carros oficiais de circulação e se empenhou em fazer os moradores deixarem a cidade durante o período.

Começa nesta segunda-feira, em Pequim, o Fórum de Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico.
Começa nesta segunda-feira, em Pequim, o Fórum de Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico. REUTERS/Wang Zhao/Pool
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Correspondente da RFI em Hong Kong, Luiza Duarte.

Desde as Olimpíadas de 2008, a capital chinesa não recebia tantos chefes de Estado. O encontro reúne 21 líderes, entre eles o presidente americano, Barack Obama, o presidente russo Vladimir Putin e o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe. Em meio às tensões regionais, o grande desafio desse encontro é estabelecer acordos de livre comércio.

Encontros bilaterais abriram a agenda das autoridades e vêm tendo grande repercussão. Nesta manhã, em Pequim, o presidente chinês, Xi Jinping, se reuniu com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, antes da abertura oficial da reunião da Apec. O encontro, que segundo a imprensa oficial chinesa foi realizado a pedido dos japoneses, vem quebrar o gelo, depois de dois anos de tensões entre os dois países. Um passo à frente para aquecer as relações, que congelaram no plano diplomático com a disputa pelas ilhas batizadas de Senkaku pelos japoneses e Diaoyu pelos chineses.

Já o presidente americano, Barack Obama, encontrou o novo presidente da Indonésia, Joko Widodo. Mas Obama não deve encontrar diretamente o presidente russo, Vladimir Putin. O russo declarou nesta segunda-feira que a prioridade da presidência chinesa da Apec é mesmo avançar nas negociações de livre comércio, passando a mensagem que outros assuntos, como a relação com a Ucrânia, estão fora da pauta.

A prioridade de Obama será fazer avançar a Parceria Trans-Pacífico (TPP, n a sigla em inglês) e aprovar uma conclusão rápida para esse acordo de livre comércio que inclui 12 países da região.

Estado Islâmico e Ebola em pauta

A China tem um quinto da população mundial e faz fronteira com 14 países. O gigante está cada vez mais presente no cenário internacional e quer afirmar suas posições não só na Ásia, mas começando por ela.

O país disputa ilhas com boa parte de seus vizinhos, como Filipinas, Vietnã, Malásia e Japão. Os Estados Unidos, com japoneses e outros aliados, vêm reforçando acordos para conter a expansão chinesa no leste do Mar da China.

O presidente americano pode ainda voltar a criticar a situação do respeito aos direitos humanos na China ou ainda opinar sobre assuntos internos delicados: a repressão operada por Pequim na região chinesa de Xianjiang – onde ataques recentes provocaram a morte de civis e policiais – e as manifestações por eleições livres na região autônoma de Hong Kong.

O combate ao grupo Estado Islâmico e ao Ebola devem ser outros pontos de desacordo entre Estados Unidos e China. Recentemente, Xi Jinping resolveu triplicar a soma investida no combate à doença. Com orçamento de US$ 120 milhões, a China é agora o segundo país que mais investe nesta caus.

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