Médicos Sem Fronteiras celebram cura do milésimo caso do ebola

A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) comemorou nesta terça-feira (21) a cura do milésimo paciente em seus centros de tratamento contra o ebola na África ocidental. De acordo com um comunicado da instituição, reconhecida pelo intenso trabalho contra a febre hemorrágica no continente africano, cerca de 4,5 mil pessoas foram recebidas em seus centros de tratamento durante esta que é a pior epidemia da doença desde que foi descoberta, em 1976.

A organização Médicos Sem Fronteiras é célebre pelo trabalho contra a expansão do vírus ebola na África ocidental. European Commission DG ECHO/Flickr

O milésimo sobrevivente do ebola é o liberiano James Kollie, de 18 anos. O jovem perdeu a mãe, dois irmãos e um tio, todos vítimas da febre hemorrágica. O pai de James, Alexandre Kollie, é um empregado local da MSF e seu engajamento contra a doença o inspirou a percorrer a Libéria para sensibilizar e instruir seus compatriotas sobre o combate ao ebola.

“Estou muito feliz de não ter perdido James, mas é difícil não pensar em todos aqueles que não estão mais conosco”, declarou o pai do jovem. “Agora que meu filho se curou do ebola, vamos reconstruir nossas vidas”, contou o liberiano, revelando que o garoto tem o sonho de estudar Medicina.

Das 4,5 mil pessoas acolhidas nos centros de tratamento da MSF, 2,7 mil estavam infectadas pela doença. A organização ressalta, no entanto, que a cura de James é ilustrativa; o número de pessoas curadas nos centros de saúde da organização já ultrapassa mil pessoas. No dia 16 de outubro, a instituição contabilizava 1.075 sobreviventes na Guiné, na Serra Leoa e na Libéria, os países mais afetados pelo vírus.

De acordo com o último boletim da Organização Mundial da Saúde (OMS), que data do dia 13 de outubro, a epidemia resultou em 4.555 mortos na África ocidentantal sobre um total de 9.216 casos registrados.