ONG da Colômbia é premiada por combater violência contra mulheres
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As Nações Unidas premiam nesta segunda-feira (29) a organização colombiana Rede Borboletas com Novas Asas, Construindo um Futuro. A entidade, que trabalha com mulheres vítimas do conflito armado, recebe o prêmio Nansen, que homenageia todos os anos ativistas que atuam em prol de refugiados.
Mariana Clini Diana, correspondente da RFI em Bogotá
O prêmio Nansen foi criado em homenagem ao explorador norueguês Fridtjof Nansen, primeiro comissário da Liga das Nações Unidas. Os ganhadores são escolhidos pelo Alto Comissariado da ONU para Refugiados.
A Rede Borboleta será representada por Gloria Amparo, Maritza Asprilla Cruz e Mery Medina, que participam da cerimônia de premiação em Genebra, na Suíça. A entidade colombiana, que iniciou suas atividades em 2010, foi criada com o objetivo de lutar contra a violência de gênero na cidade de Buenaventura, na costa do Pacífico. O grupo percorre bairros da região aconselhando as vítimas de agressões a procurarem cuidados médicos e denunciarem abusos para as instituições competentes.
Além de ser um importante reconhecimento para o trabalho das ativistas, a Rede Borboletas também será contemplada com um prêmio de US$ 100 mil oferecido pelos governos da Noruega e Suíça.
Violência na Colômbia
A Colômbia é o segundo país com mais deslocados no mundo, perdendo somente para Síria. O conflito colombiano já afetou mais de 5 milhões de pessoas, que foram obrigados a deixar suas casas para fugir de ameaças de grupos armados. As mulheres, que representam 80% dos refugiados no país, são as principais vítimas da violência. Segundo algumas estatísticas, pelo menos 50% das deslocadas colombianas sofreram algum tipo de agressão sexual.
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