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Linha Direta

Embora tímida, oposição interna à operação israelense começa a surgir

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Depois de 17 dias de violência e um pesado saldo de mais de 720 palestinos mortos pela incursão israelense na Faixa de Gaza, começam a aparecer vozes dissonantes em Israel. O país, dominado por um consenso nacionalista em torno da Operação Limite protetor, começa a ver surgir uma oposição, ainda que tímida, entre artistas e ativistas de esquerda.

Captura vídeo da atriz Orna Banai, que se tornou alvo de críticas e boicotes.
Captura vídeo da atriz Orna Banai, que se tornou alvo de críticas e boicotes.
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Do lado da direita, o rapper Yoav Eliasi, conhecido como "Sombra", "está sendo duramente criticado por incentivar violência contra árabes em Israel", observa Kresch. Mas claro que as críticas são mais moderadas em torno de posições nacionalistas em um país em que mais de 90% da população apoiam a forma como o governo a conduz a incursão na Faixa de Gaza e 77% são contrários a um cessar-fogo, como publicou nesta terça-feira (22) o jornal governista Israël Hayom.

No sul do país, região mais atingida pelos ataques do Hamas, o apoio é ainda maior, afirma a correspondente: "há 14 anos (os moradores da região) lidam com foguetes, morteiros e mísseis disparados de Gaza, que já mataram mais de 20 civis, feriram outros tantos e traumatizam a população, principalmente crianças. Os moradores do Sul são os que mais pedem que o exército “acabe com o que começou”, mas a maioria sabe que destruir o arsenal de 10 mil mísseis e acabar com as dezenas de túneis subterrâneos do Hamas é impossível".

Para Daniela Kresch, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu mostrou-se mais inclinado a ouvir opiniões moderadas do que em operações passadas. "Até bem pouco tempo atrás, acreditava-se que Netanyahu só dava ouvidos para a ala da direita da coalização, com partidos ultranacionalistas que são contra a criação de um Estado palestino. Mas, com esse conflito, os extremistas de direita não estão conseguindo fazer tanta pressão. Eles queriam, por exemplo, que Netanyahu tivesse começado a ofensiva terrestre em Gaza desde o começo do conflito, mas o premiê esperou dez dias até tomar a decisão".

Para ouvir a íntegra da conversa com a correspondente da RFI em Tel-Aviv, Daniela Kresch, clique no link acima.

 

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