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Gás/Pequim/Moscou

Moscou e Pequim fecham contrato de gás de US$400 bilhões

Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da China, Xi Jinping, assinaram, nesta quarta-feira (21), em Xangai, um megacontrato de fornecimento de gás natural avaliado em US$ 400 bilhões, equivalente a quase R$ 900 bilhões, por 30 anos. As negociações levaram dez anos para serem concluídas. O documento foi assinado durante fórum de segurança regional.

Vladimir Putin cumprimenta Xi Jinping, em Xangai, nesta quarta-feira (21).
Vladimir Putin cumprimenta Xi Jinping, em Xangai, nesta quarta-feira (21). REUTERS/Mark Ralston
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Segundo o acordo, Moscou vai fornecer gás à segunda economia mundial a partir de 2018. O volume entregue aumentará progressivamente "até alcançar 38 bilhões de metros cúbicos anuais", indicou um comunicado do gigante energético chinês CNPC.

O documento, assinado pelo CNPC e pela empresa russa Gazprom, estipula um preço de 350 dólares o metro cúbico, de acordo com a mídia estatal russa. "É uma nova e importante conquista na cooperação energética estratégica", segundo a companhia chinesa.

Compromisso

O acordo foi divulgado poucas horas após o apelo da União Europeia para que Putin respeite o “compromisso” de manter o fornecimento de gás à Europa. Moscou ameaçou suspender o envio do combustível para a Ucrânia no dia 3 de junho. Um terço do gás consumido no continente europeu vem da Rússia, e grande parte passa por dutos ucranianos.

Segundo dados oficiais, a China – maior consumidor mundial de energia – importou no ano passado 53 bilhões de metros cúbicos de gás natural, o que representa um aumento de 25% em um ano. O gás russo é considerado prioritário para Pequim, mas as negociações sobre preços atrasaram a conclusão do contrato.

Os termos de um acordo assinado em 2009 previam inicialmente que o volume de gás entregue pela Rússia poderia aumentar com o tempo a quase 70 bilhões de metros cúbicos, um número que foi reduzido praticamente à metade no documento final.

 

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