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Campanha pelas eleições europeias domina jornais franceses

A cinco dias das eleições europeias, todos os jornais franceses desta terça-feira (20) dão destaque para essa reta final da campanha eleitoral, na França, mas também em outros países do continente. A votação acontece no próximo domingo (25) nos 28 países que compõem a União Europeia. Os diários, como Les Echos, enfatizam a dominação dos eurocéticos, como são chamados os políticos contrários à atual política europeia, na campanha.

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Le Figaro anuncia em sua manchete, as propostas dos grandes partidos para a Europa.
O jornal conservador explica que, ao contrário do que se pensa, os franceses se interessam pelas eleições europeias. O problema é que os eleitores acreditam que a votação do dia 25 de maio não vai mudar a situação na França e, por isso, não devem comparecer as urnas.

Diante dessa forte abstenção anunciada, Le Figaro diz que as forças políticas lutam para convencer os eleitores a ir votar, defendendo nessa reta final da campanha os temas que mais preocupam os franceses. O desemprego é a preocupação número um dos eleitores, indica pesquisa publicada pelo jornal. Em seguida vem, pela ordem, ação da Europa para combater a crise econômica, a imigração, o poder aquisitivo, a posição da França na União Europeia e a política fiscal. Mas o que mais divide a campanha são os argumentos contra e a favor da Europa.

Eurocéticos

Ao contrário do Le Figaro, Les Echos diz que o interesse pela campanha eleitoral europeia é limitado. O voto do próximo domingo será principalmente a oportunidade para muitos eleitores de punir os governos nacionais, seja na Espanha, Grécia, Alemanha ou França.

Como nas eleições municipais de março, as chances de um voto sanção nas urnas no próximo domingo são grandes para o Partido Socialista no poder na França, informa o jornal econômico. Por isso, e para evitar ser apontado como responsável por uma derrota dos socialistas europeus, o PS francês tem uma ambição bastante humilde. Ele espera eleger 14 eurodeputados, o mesmo número obtido em 2009 quando a sigla já teve um resultado ruim, analisa Les Echos.

No Reino Unido o partido antieuropeu UKIP continua dominando a campanha e deve obter o apoio de quase um terço dos britânicos no domingo. Na Alemanha, o jornal diz as eleições europeias serão um repeteco das eleições legislativas no país. O CDU de Angela Merkel aposta na popularidade da chanceler e deve vencer as eleições de domingo.

Alemanha motor da Europa

A Alemanha também é analisada pelo Libération. O jornal progressista afirma que a Alemanha da chanceler Angela Merkel domina a União Europeia com seu poder econômico, demográfico e político.

"A Alemanha na frente de todos ou a Europa segue a escola alemã", são as manchetes do Libération de hoje. Os bons resultados econômicos da Alemanha, que é o país mais bem representado no Parlamento europeu, e o enfraquecimento da França, impuseram Berlim como o principal motor da União Europeia.

A Alemanha é muito mais engajada e tem mais influência que a França nas instituições europeias. Libération lembra que Merkel impôs sua visão sobre o Banco Central Europeu e sobre os planos de austeridade impostos aos países endividados da zona do Euro.

Muito mais do que Bruxelas, é a Alemanha que define a política europeia na Ucrânia e na Rússia. O jornal lamenta que a famosa locomotiva franco-alemã tem agora apenas um condutor. E conclui dizendo que se Paris e o resto do bloco querem uma Europa diferente, a União será com a chanceler Angela Merkel e não contra ela.
 

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