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Cinema/Cannes

Jornais apostam em filmes e fatos que devem marcar festival de Cannes

A imprensa francesa dá destaque à abertura do festival de Cannes, que acontece nesta quarta-feira (14) no sul da França. Os jornais adiantam as polêmicas que devem animar os participantes do evento e dicutem sobre o futuro do cinema de autor francês.

Capa dos jornais franceses Libération, Le Figaro, e Les Echos desta quarta-feira (14), que destacam o 67 Festival de Cannes.
Capa dos jornais franceses Libération, Le Figaro, e Les Echos desta quarta-feira (14), que destacam o 67 Festival de Cannes. RFI/ Reuters
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Libération aproveita a ocasião para afirmar - mais uma vez - que o cinema francês está em crise. A manchete desta quarta-feira é "Um cinema em busca de autores".

O jornal progressista reuniu cinco produtores franceses para debater sobre o futuro do chamado cinema de autor - aquele que pode não gerar uma grande bilheteria, mas é premiado nos festivais mais prestigiosos, como Cannes. A discussão é importante, pois tanto o sistema de financiamento desses filmes quanto a maneira como eles são consumidos pelos espectadores estão passando por mudanças radicais.

Libération lista ainda os fatos que deverão chamar a atenção da mídia neste festival - e desviar o foco dos filmes. Em primeiro lugar, o lançamento, fora da seleção oficial, do longa de Abel Ferrara sobre o escândalo sexual que acabou com a carreira política de Dominique Strauss-Khan, ex-diretor-geral do FMI. Outra fonte de controvérsia é o filme de abertura, uma biografia de Grace Kelly assinada pelo cineasta Olivier Dahan e contestada pela família real de Mônaco.

Além disso, os trabalhadores da indústria cinematográfica, que beneficiam de um regime especial na França, devem protestar durante o festival contra a reforma do sistema de auxílio-desemprego. E, finalmente, um outro evento importante deste ano é a despedida de Gilles Jacob, que vai deixar o comando do festival de cinema mais prestigioso do mundo, depois de quase 40 anos.

Glamour

Le Figaro traz um entrevista exclusiva com Nicole Kidman, que interpreta a protagonista de "Grace de Mônaco", o filme de abertura do festival de Cannes. Na glamurosa riviera francesa dos anos 60, o casamento de conto de fadas da atriz Grace Kelly com o príncipe Ranier de Mônaco se torna um melodrama com final infeliz.

Além da oposição dos filhos de Grace Kelly, o diretor Olivier Dahan enfrenta a hostilidade de seu produtor americano. Harry Weinstein, que segundo Le Figaro é o homem mais poderoso de Hollywood, não gostou da montagem feita pelo francês e quer impor sua própria versão. Com isso, o lançamento do filme nos Estados Unidos foi adiado.

Remakes

Les Echos investiga como a indústria cinematográfica recicla roteiros e ideias na produção de remakes. Um dos filmes mais aguardados desta edição de Cannes é a nova obra do francês Michel Hazanavicious, que venceu o Oscar por "O Artista". O filme deste ano, "The Search", é um remake de uma produção americana de 1948.

O diário econômico aponta que os dramas e comédias franceses estão entre os mais procurados pelos produtores e distribuidores internacionais que frequentam o festival de Cannes e acabam dando origem a remakes nos quatro cantos do mundo. Um exemplo: o sucesso "Os Intocáveis" vai ganhar versões nos Estados Unidos, na Turquia e até no Brasil.

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