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TV francesa traz programação especial nos 20 anos da morte de Ayrton Senna

Na véspera dos 20 anos da morte de Ayrton Senna, os jornais franceses desta quarta-feira (30) dão o tom das homenagens que serão prestadas amanhã ao piloto brasileiro. Em sua edição de hoje, Le Figaro dedica uma página inteira a Senna, sublinhando que ele deixou uma herança importantíssima para a Fórmula 1: a segurança dos pilotos.

Reportagem do jornal francês Le Figaro desta quarta-feira, 30 de abril de 2014.
Reportagem do jornal francês Le Figaro desta quarta-feira, 30 de abril de 2014.
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Até hoje, basta dizer o nome de Senna para que o paddock da Fórmula 1 seja tomado por uma onda de emoção, escreve Le Figaro. O jornal afirma que as lembranças dolorosas daquele maldito 1° de maio, em Imola, "são acompanhadas de uma admiração sem limites pelo prodígio das pistas". Segundo Le Figaro, os engenheiros que trabalharam com Senna gostam de lembrar a capacidade particular que ele tinha de, em poucos minutos, apontar as fraquezas e as forças de um carro. Pilotos se referem a certas corridas de Senna encantados com o lado samurai, guerreiro do brasileiro, desafiando o jeito calculador do rival Alain Prost. "Ele tinha uma aura mística, era um profissional exigente, que buscava sempre o melhor, a perfeição", escreve Le Figaro.

Paradoxo

O jornal destaca que, paradoxalmente, a herança que Senna deixou ao automobilismo não é ligada à sua personalidade ímpar nem ao seu jeito de pilotar. A morte trágica de Senna, um dia depois do austríaco Roland Ratzenberger, naquele maldito fim de semana de 1994 em San Marino, provocou mudanças radicais na segurança da Fórmula 1. Senna é o último nome de uma lista de 24 pilotos que pagaram com a própria vida sua paixão pela Fórmula 1, destaca Le Figaro. Desde então, os circuitos passaram a ser concebidos para proteger a vida dos pilotos. O único que ainda oferece risco é o de Mônaco.

Ídolo no Brasil

O Le Figaro conta que Senna é um ídolo inesquecível para os brasileiros, em parte pelo trabalho de sua irmã, Viviane Senna. À frente da fundação que leva o nome do piloto, nos últimos 20 anos ela investiu em projetos de esporte e educação que beneficiaram mais de 2 milhões de estudantes brasileiros, em 1.300 cidades do país, relata o Le Figaro.

Programação especial na TV

Amanhã, o canal de TV do L'Equipe vai colocar no ar uma programação especial dedicada a Senna a partir de 14h no horário local, 9h em Brasília. L'Equipe vai retransmitir partes da corrida fatídica, apresentar depoimentos de pessoas que vivenciaram aqueles momentos em 1994 e exibir dois documentários, um sobre a paixão de Senna pela Fórmula 1, e outro com um perfil do piloto e sua vida no Brasil.

O Canal+Sport também vai exibir amanhã, no programa Especialistas da Fórmula 1, uma mesa redonda com pilotos, amigos e jornalistas que conviveram com Senna. Entre os convidados estão o piloto Erik Comas, que teve a vida salva por Senna no GP da Bélgica de 1992, o jornalista Lionel Froissart, biógrafo de Senna, e Bruno Mauduit, engenheiro especialista em motor, que acompanhou Senna da Lotus à Williams. O programa vai apresentar ainda depoimentos de Alain Prost, Jean Alesi, Ron Dennis, Bruno Senna, Felipe Massa, Sebastian Vettel, e Lewis Hamilton, entre outros.
 

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