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Imprensa

Liderança do Brasil na governança da internet é destaque

O Brasil aparece nos jornais franceses dessa manhã com duas faces diferentes: a de um país moderno e inovador no setor de novas tecnologias e a de um país que ainda luta contra conhecidos problemas como a violência.

Presidente Dilma Rousseff durante abertura da NETMundial em São Paulo.
Presidente Dilma Rousseff durante abertura da NETMundial em São Paulo. REUTERS/Nacho Doce
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O marco civil da internet assinado pela presidente Dilma Rousseff ontem na cerimônia de abertura da NETMundial foi chamado pelo jornal econômico de "mini constituição". A lei,que estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da internet no Brasil é um "código de boa conduta", diz Les Echos. Entre os principais pontos da legislação, o diário sublinha que as empresas de telecomunicação não poderão mais discriminar o acesso dos usuários baseadas em critérios de preço.

Sobre a NETMundial, a reportagem avalia que a conferência é uma reunião "inédita" sobre o futuro da governança da internet. E o Brasil é "o motor do debate" sobre um modelo de internet mais inclusivo e mais plural. A visão também é partilhada pelo país mais poderoso da Web: os Estados Unidos.

Mas, segundo o jornal, Dilma Rousseff aproveitou o encontro para, mais uma vez, alfinetar as práticas de espionagem norte-americanas que causaram indignação mundial. "Eu mesma fui alvo práticas inaceitáveis", disse a presidente do Brasil em citação selecionada pela reportagem.

Lado cruel da realidade brasileira

A imprensa francesa continua a dar destaque ao caso do dançarino Douglas da Silva Pereira, o DG, morto violentamente na comunidade do Pavão Pavãozinho no Rio de Janeiro em circunstâncias ainda pouco claras. 

O jornal Libération diz que a política de "pacificação" das favelas é posta em xeque após mais um incidente violento eno bairro. Os moradores acusam a polícia pelo assassinato do jovem dançarino. Segundo a mãe de DG, que tinha 26 anos, o corpo do seu filho apresentava marcas de chute que contradizem a versão oficial que ele teria morrido em uma queda.

Para o jornal, as unidades de polícia pacificadora deveriam "respeitar os direitos humanos", mas, os maus hábitos, permanecem", escreve o jornal que lembra do caso do pedreiro Amarildo de Souza que continua desaparecido.

Turistas protegidos

Já o Aujourd'hui en France tenta amenizar a situação. "Esses protestos no Rio não devem assustar os turistas". Esse é o título da reportagem do jornal popular que entrevistou o cientista político Stéphane Montclaire.

O especialista  analisa que, de fato, o problema da violência urbana está longe de ter sido resolvido no Brasil e no Rio de Janeiro onde são registrados 500 homicídios por mês. Mas, para a Copa do Mundo, os turistas não precisam ficar "apavorados", diz Montclaire.

As tropas do exército vão reforçar a segurança durante o evento e o cientista político também revela a estratégia dos governantes de negociar com os bandidos para fazer uma trégua.
 

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