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Imprensa

Coleta de DNA instala clima de desconfiança entre alunos em La Rochelle

A operação de coleta de 527 amostras de DNA em uma escola secundária em La Rochelle, no sudoeste da França, é o principal destaque dessa manhã dos jornais. A ação policial, que começou nesta segunda-feira (15) e terminha amanhã, deve deixar marcas profundas nessa escola.

O Figaro destaca as investigações de um caso de estupro em uma escola em La Rochelle.
O Figaro destaca as investigações de um caso de estupro em uma escola em La Rochelle. AFP PHOTO / XAVIER LEOTY
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O jornal Le Figaro relata que a operação de coleta de material genético começou sem problemas. Todos os homens -estudantes e funcionários- da escola terão amostras de DNA recolhidas para investigação.

Os estudantes secundaristas entrevistados pelo jornal contam que "é estranho se submeter a um tipo de operação que só se vê nos filmes", mas, ao mesmo tempo, eles mostraram disposição em cooperar. Desde a denúncia do estupro de uma estudante no banheiro da escola em setembro do ano passado, a polícia não encontrou pistas. Os únicos indícios que poderiam levar ao agressor foram traços de DNA encontrados na roupa da vítima.

Clima de desconfiança

Os alunos estão assustados e surpresos, diz o Figaro. O crime não havia sido divulgado até recentemente. Para os estudantes, esse foi um erro da direção da escola já que o agressor poderia ter atacado outras meninas. Já os diretores do colégio se defendem e dizem que não puderam alertar os pais ou os alunos por recomendação da polícia.

Um centro de apoio psicológico foi instalado no estabelecimento escolar. O objetivo é evitar que um clima de desconfiança se instale na escola. Mas, segundo o jornal Aujourd'hui en France, essa “desconfiança” já está instalada. Um aluno disse ao jornal: "o estuprador é alguém que esteve ao nosso lado todos os dias. Pode ser um amigo".

Já o jornal Libération deu ênfase ao histórico desse tipo de teste de DNA em grande escala na França. A primeira vez foi em 1996 para tentar elucidar o estupro e assassinato de uma estudante britânica em um albergue da juventude. 3615 homens se submeteram ao teste, mas o agressor nunca foi encontrado.
A lei francesa permite esse tipo de operação, mas a ressalva a ser feita é que o material recolhido das pessoas que não estiveram envolvidas com o crime deve ser destruído.

Ucrânia

O Figaro, por exemplo, destaca a incapacidade do governo ucraniano de lidar com os grupos separatistas pró-russos que ganham gradualmente espaço no leste do país. Em um mapa, o jornal aponta 5 importantes cidades da região nas quais os símbolos do poder regional estão nas mãos desses grupos.
O Libération lembra ainda que o leste ucraniano é a região com a maior concentração industrial do país e a produção é voltada, principalmente, para o mercado russo.

Esses laços econômicos também são sublinhados pelo jornal Les Echos. "No leste da Ucrânia, a dependência econômica é favorável ao Kremlin", escreve o jornal. Desde os tempos soviéticos, em que os setores industriais eram divididos em diferentes repúblicas, a Ucrânia mantém o papel de importante centro de metalurgia. Mas, essa atividade, depende da energia produzida pelo gás importado da Rússia. Ou seja, essa relação entre o leste da Ucrânia e a Rússia é um grande quebra-cabeça para as potências ocidentais.

 

 

 

 

 

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