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Rendez-vous cultural

Cinema português resiste, apesar da crise econômica

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A crise econômica também tem impacto na produção cinematográfica de vários países europeus. No caso de Portugal, esse contexto pôde ser sentido durante a 5a edição do FESTin (Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa), que acontece nesse momento e vai até a próxima quarta-feira (9) em Lisboa.

O filme português Pecado Fatal, de  Luís Diogo, custou apenas € 10 mil.
O filme português Pecado Fatal, de Luís Diogo, custou apenas € 10 mil.
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Dos 29 longas apresentados na programação, apenas quatro são produzidos exclusivamente por Portugal. Mesmo cenário entre os curtas, onde dos 46 filmes no programa, apenas 11 eram 100% portugueses. Em termos de comparação, o Brasil foi representado com 47 filmes no total durante o evento. “A produção é de qualidade, mais é pouca”, comenta Victor Serra, diretor institucional do FESTin.

A situação piorou após a suspensão, em 2012, do programa de ajuda pública à produção cinematográfica portuguesa. O sistema de patrocínio já foi retomado, mas deixou sequelas no cenário da sétima arte no país, como no caso do diretor Luís Diogo, que apresentou no FESTin o longa Pecado Fatal. O filme, que conta a história de uma jovem que volta a cidade onde nasceu para tentar entender porque foi abandonada pelos pais, foi idealizado no mesmo ano do corte dos subsídios, o que fez com que o cineasta optasse pelo solução artesanal. “Meu filme custou apenas € 10 mil, pagos do meu bolso, e as principais cenas internas foram rodadas na minha própria casa”, relata o Diogo. O que não impediu o filme de conquistar o prêmio de Excelência e de melhor filme estrangeiro no Canadá Internacional Film Festival.

Para tentar contornar esse tipo de dificuldade, muitos cineastas optam pelo sistema de coprodução, no qual a França é um dos principais parceiros dos portugueses. Não é à toa que esse ano, quando os organizadores do FESTin decidiram convidar, pela primeira vez, um país não-lusófono ao festival, os franceses foram os escolhidos.

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