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Linha Direta

Cúpula da OTAN em Bruxelas discute crise ucraniana

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Nesta terça (1°) e quarta-feira (2), os ministros das Relações Exteriores da OTAN vão estar reunidos na sede da aliança militar, em Bruxelas, para discutir a crise na Ucrânia e a relação com a Rússia. O secretário da OTAN, Anders Fogh Rasmussen confirmou a expansão da presença da organização no Leste Europeu. O secretário de Estado americano, John Kerry, também vai participar da reunião.

Reunião hoje(1) da OTAN vai discutir a crise ucraniana e o reforço da presença da aliança militar no leste europeu.
Reunião hoje(1) da OTAN vai discutir a crise ucraniana e o reforço da presença da aliança militar no leste europeu. http://www.nato.int
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Durante esses dois dias de reunião em Bruxelas, os 28 ministros das Relações Exteriores da aliança militar vão discutir a relação da OTAN com a Rússia e avaliar um possível reforço da presença da organização no leste da Europa em função da crise da Ucrânia. Eles ainda devem confirmar a suspensão de parte de um acordo de cooperação com o governo russo, revela a correspondente da RFI em Bruxelas, Letícia Fonseca.

Os contatos com Moscou deverão ser reduzidos, mas a aliança militar pretende manter o Conselho OTAN-Rússia, que se reúne desde 2002. O secretário de Estado americano, John Kerry, participa da reunião, que também vai analisar os últimos desenvolvimentos em torno da situação da Ucrânia, que são vistos como uma ameaça para os países vizinhos.

Segurança aos vizinhos da Ucrânia

Letícia Fonseca explica que, para assegurar os países que se sentem ameaçados pela
Rússia por causa da crise na Ucrânia, o Tratado da OTAN tem artigos que pregam a solidariedade entre os integrantes da organização. Por exemplo, o artigo n ̊ 5 diz que se um país da aliança militar for atacado, todos terão que defendê-lo. Recentemente, a Polônia evocou o artigo n ̊4, segundo o qual um aliado pode solicitar consultas quando acredita que sua integridade territorial ou segurança está ameaçada.

Polônia, Romênia e os Países Bálticos – Letônia, Lituânia e Estônia – estão apavorados com a uma possível intervenção armada da Rússia, diz a correspondente da RFI. No mês passado, o presidente russo, Vladimir Putin, prometeu defender as minorias russas nas regiões da
ex-URSS. Além disso, a OTAN deve expandir a sua presença na região, intensificar os exercícios militares e possivelmente instalar forças permanentes da aliança na região. No entanto, esta última possibilidade pode provocar muita tensão com Moscou.

Expansão da OTAN ao leste da Europa

A falta de transparência dos russos e o envio de 100 mil soldados ao longo da fronteira com a Ucrânia já são motivos suficientes para a Europa se manter alerta. A OTAN pretende dobrar o número de aviões na região. A Alemanha, um dos aliados fortes da organização, está desempenhando um papel mais ativo não apenas na frente diplomática. O governo alemão afirmou estar pronto para usar sua força aérea, apesar da promessa de Moscou de que não fará novas intervenções na Ucrânia.

O apoio militar alemão deverá incluir o monitoramento do espaço aéreo da Polônia e Romênia, com dispositivos do sistema de vigilância aérea (AWACS), assim como o treinamento de operações aéreas nos países bálticos.

Rússia dá pequenos sinais de diálogo

Apesar do fracasso da reunião entre o secretário de Estado americano, John Kerry e o chanceler russo, Serguei Lavrov, no último final de semana em Paris, a Rússia decidiu retirar uma pequena parte das tropas que estão na fronteira leste da Ucrânia. A iniciativa russa ainda é um sinal bem fraco, pois milhares de soldados permanecem nesta fronteira.

Mesmo assim, os EUA elogiaram a medida e aproveitaram para reforçar a mensagem sobre a importância de manter a integridade territorial da Ucrânia. A decisão de Moscou foi comunicada em um telefonema entre o presidente russo, Vladimir Putin e a chanceler alemã, Angela Merkel.

Clique acima para ouvir o Linha Direta com a correspondente da RFI em Bruxelas, Letícia Fonseca

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