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Linha Direta

Surto de ebola em países africanos preocupa OMS

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O surto de ebola que atinge a Guiné, na costa oeste africana, preocupa a população da região e a comunidade internacional. Até o momento, foram registradas mais de 60 mortes por febre hemorrágica, que podem ter sido causadas pelo vírus. Das doze amostras analisadas por um laboratório em Lyon, na França.  

Pessoa doente recebendo tratamento para ebola em 28 de março de 2014.
Pessoa doente recebendo tratamento para ebola em 28 de março de 2014. Reuters
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Por Rafael Araújo, correspondente da RFI Brasil na Costa do Marfim

A febre hemorrágica causada pelo vírus ebola tem uma taxa mortalidade que pode chegar a 90% dos casos e matar uma pessoa em menos de 48 horas. Ainda não há cura ou vacina contra a doença.

Os sintomas são febre, dor de cabeça, fraqueza muscular e, na fase mais aguda, vômitos, diarreia e hemorragias. Inicialmente o vírus é transmitido ao homem pela manipulação de animais selvagens, como morcegos, primatas e roedores. Depois, o contágio ocorre pelo contato com fluídos corporais de uma pessoa infectada, mesmo depois do óbito.

Evitar a epidemia

Assim que o vírus foi identificado na Guiné, a Organização Mundial de Saúde (OMS), a UNICEF, a Cruz Vermelha Internacional e a ONG Médicos Sem Fronteiras desembarcaram no país para tentar conter uma possível epidemia. Esta é a primeira vez que o vírus ebola é detectado na África do oeste. O surto foi identificado em três localidades do sudeste do país, na chamada região florestal, uma zona de fronteira com a Libéria e a Serra Leoa que fica a 850 quilômetros da capital.

Em plena cúpula que reúne os chefes de estado da região– chamada de CEDEAO, o secretário-geral demonstrou preocupação com o surto e disse que uma eventual epidemia representa uma ameaça para a região.

De acordo com um comunicado da OMS, o surto foi controlado na Guiné. Nem Senegal nem a Costa do Marfim fecharam as fronteiras. O ministério da Saúde marfinense anunciou a criação de um posto de controle no extremo oeste do país para reforçar as medidas contra a propagação do vírus. O ministério das Relações Exteriores francês publicou um boletim de última hora em que desaconselha viagens à região.

Precauções

Para evitar o contágio, aconselha-se redobrar os cuidados com a higiene e o contato com as pessoas. Desinfetar as mãos regularmente, evitar aglomerações e fazer refeições em casa pode ajudar na prevenção. Algumas pessoas preferem consumir produtos importados, peixe e frango, em vez de carne vermelha.

A vida em Yamoussoukro, capital da Costa do Marfim, segue normalmente. Quase nada mudou no cotidiano das pessoas, que vão ao trabalho, à escola, às compras. No entanto, passaram a tomar alguns cuidados como tentar evitar o transporte coletivo para pequenas distâncias. As frutas e legumes da região afetada também estão de quarentena na capital. O governo e imprensa local recomendam não consumir carne de animais selvagens. Mas é difícil mudar os hábitos da população, acostumada a comer carne de caça como roedores, macacos e morcegos.

Em Conacri, capital da Guiné, o problema se repete. Na televisão, no rádio e no jornal estão falando para evitar a carne de caça, mas nos maquis – restaurante típico africano – continuam servindo cutia, tatu e porco-espinho no cardápio.

A comunidade brasileira na Guiné não é grande, cerca de setenta brasileiros moram lá, a maioria na capital Conacri.

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