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Linha Direta

Visita de Obama pode reaquecer relações entre UE e Estados Unidos

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A crise da Ucrânia, segurança europeia e o impulso das negociações transatlânticas de comércio serão os destaques da agenda do presidente americano Barack Obama, em sua primeira visita à Bruxelas desde que assumiu o poder em 2009. A vinda de Obama à Europa, principalmente por causa da crise provocada pela anexação da Crimeia à Federação Russa, está sendo considerada a mais importante de um responsável da Casa Branca em muitos anos.  

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao chegar a Bruxelas para participar da cúpula entre EUA e União Europeia, sendo recebido pelo rei Philippe e o primeiro-ministro belga, Elio Di Rupo.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao chegar a Bruxelas para participar da cúpula entre EUA e União Europeia, sendo recebido pelo rei Philippe e o primeiro-ministro belga, Elio Di Rupo. REUTERS/Kevin Lamarque
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Por Leticia Fonseca, correspondente da RFI Brasil em Bruxelas

Quando a reunião de Cúpula UE-EUA foi marcada em janeiro, a expectativa era de que as conversas girassem em torno da Parceria Transatlântica de Comércio, para impulsionar o crescimento e o emprego em ambos os lados do Atlântico. Mas com a escalada da crise na Ucrânia, e mais precisamente, com a anexação da Crimeia pela Federação Russa, na semana passada, a enfoque da agenda mudou. Com certeza, essas serão as questões que irão dominar a agenda de Obama em Bruxelas, assim como a deterioração das relações da Rússia com o Ocidente. Na Otan, o presidente americano deve discutir como reforçar a segurança dos países do Leste Europeu, que estão bastante inquietos com o avanço da Rússia. Será necessário reorganizar a aliança atlântica rapidamente para que a organização esteja realmente preparada para qualquer risco de guerra com a Rússia.

Primeiro passo

Depois de um longo período onde as relações transatlânticas estiveram estremecidas por causa do caso Snowden, a visita do presidente americano à Bruxelas se deve, antes de mais nada, à busca de apoio da Europa para que sejam adotadas sanções mais duras contra a Rússia. Porém, é pouco provável que Obama consiga convencer os europeus, que têm laços econômicos bem mais próximos com os russos. Além disso, a ainda frágil economia do bloco europeu poderia sofrer retaliações caso punissem Moscou com maior rigidez. Certamente se não fosse a crise na Crimeia, Barack Obama teria uma agenda diferente em seus encontros na capital belga. A retórica anti-russa não vai faltar, sobretudo quando Obama fizer o seu discurso de conteúdo geopolítico, na tarde desta quarta-feira. Segundo fonte diplomática, o presidente americano deve evocar a importância não apenas do perigo para o povo ucraniano, como a ameaça para o sistema internacional que a Europa e os EUA tanto investiram, em consequência das ações da Rússia.

Segurança milionária

Bruxelas é um cidade bastante acostumada a receber visitas de chefes de Estado e de Governo. A polícia é extremamente profissional e nunca houve nenhum incidente grave. Mas certamente com Obama os cuidados são redobrados. O presidente americano, que desembarcou ontem à noite (25) em Bruxelas, não chegou sozinho. Muito pelo contrário, sua comitiva é formada por 900 pessoas, entre diplomatas, jornalistas e equipes de segurança.

A prefeitura de Bruxelas rebateu a informação do prestigiado jornal britânico The Guardian que afirmou que o custo desta visita gira em torno dos €10 milhões. O prefeito belga garantiu que as 24 horas que o presidente americano vai ficar na capital belga vão custar €500 mil aos cofres do país. Este valor será gasto sobretudo no esquema de segurança. Obama se deslocará em um helicóptero trazido de Washington, assim como em sua limousine presidencial ultrablindada, que pesa 8 toneladas.

 

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