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Brasil é país homenageado da Feira do Livro infantojuvenil de Bolonha

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A partir de hoje (24) até quinta-feira (27), a 51ª Feira do Livro Infantil e Juvenil de Bolonha, na Itália, o evento mais importante do gênero no mundo, homenageia o Brasil. Na programação da feira, o país será representado por pesos pesados da literatura infanto-juvenil, como Ana Maria Machado, Angela Lago, Ciça Fitipaldi, Eliardo França, Marilda Castanha, Marina Colasanti, Nelson Cruz, Roger Mello, Rui de Oliveira, Ruth Rocha, Ziraldo, entre outros. Ziraldo, aliás, será o grande homenageado na exposição "Incontáveis Linhas, Incontáveis Histórias", que vai apresentar obras de 55 ilustradores brasileiros.

Cartaz da exposição de ilustração "Incontáveis Linhas, Incontáveis Histórias" da qual participam 55 ilustradores brasileiros, na edição de 2014 da Feira do Livro Infantil e Juvenil de Bolonha.
Cartaz da exposição de ilustração "Incontáveis Linhas, Incontáveis Histórias" da qual participam 55 ilustradores brasileiros, na edição de 2014 da Feira do Livro Infantil e Juvenil de Bolonha. Divulgação
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Nas premiações, Roger Mello concorre pela terceira vez no evento ao Hans Christian Andersen de melhor ilustrador. Já a editora carioca Pallas está no páreo pelo prêmio das seis melhores editoras do mundo. Na categoria de melhor escritor, Joel Rufino estava na primeira lista de nomeados, mas não se classificou para a seleção final, composta por cinco autores, anunciada na última semana.

Indicado três vezes ao prêmio Hans Christian Andersen de melhor escritor, considerado o Nobel da literatura infanto-juvenil, Rufino conversou com a RFI sobre a importância da homenagem ao Brasil na feira de Bolonha. “Traz visibilidade para a literatura infanto-juvenil brasileira, além de congregar seus amantes: críticos, editores, escritores, ilustradores. Também tem um peso comercial, já que a participação nas feiras atrai editoras estrangeiras interessadas em traduzir os livros”, afirma.

Internacionalização do livro

O Brasil participa há 40 anos da Feira do Livro Infantil e Juvenil de Bolonha. Mas desde 2009, o projeto realizado em parceria entre a Câmara Brasileira do Livro (CBL) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimento (Apex) se concentra na venda de direitos autorais e na internacionalização do livro.

A presidente da CBL, Karine Pansa, explica que o país é um célebre comprador de direitos autorais estrangeiros. “Se você vai nas listas dos livros mais vendidos no Brasil, por exemplo, você vê muitos autores internacionais”, ressalta. Ela explica que, no entanto, há cerca de dois anos, o país vem se posicionando como um vendedor de direitos autorais. “A nossa expectativa é de uma venda aproximada de US$ 330 mil em direitos autorais de livros infanto-juvenis brasileiros em Bolonha”,  prevê.

A vencedora do prêmio Hans Christian Andersen do ano de 2000, a escritora Ana Maria Machado, participa da feira de Bolonha há 30 anos. Ela teme que a crise econômica mundial possa atrapalhar os negócios brasileiros no setor. “Em 1994, quando o Brasil foi homenageado pela primeira vez neste evento, era um momento de expansão do mercado internacional do livro – o que trouxe bons frutos para a literatura infanto-juvenil brasileira. Neste momento de crise, não sei se conseguiremos repetir a boa performance de 20 atrás”, analisa.

39 editoras brasileiras em Bolonha

Ainda que os negócios não atinjam altas cifras no setor e os investimentos tenham baixado de R$ 18 milhões, na última Feira do Livro de Frankfurt, há cinco meses, para R$ 1,1 milhão em Bolonha, não faltam representantes do país no evento. Ao todo, 39 editoras brasileiras participam desta edição. Entre elas, a carioca Pallas é a única representante do país a concorrer ao prêmio das seis melhores editoras do mundo.

A editora Cristina Warth, da Pallas, está otimista que a nomeação ao prêmio possa refletir em volume de negócios. “O Brasil é visto como um ótimo comprador nas feiras, mas vamos a estes eventos para oferecer a venda de nossos títulos”, diz. Um dos pontos a favor para os negócios está a originalidade de suas produções, focadas na temática afro-brasileira. “Trabalhamos com este produto cultural que tem um valor imensurável para a apresentação do país do ponto de vista internacional”, acredita.

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