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Linha Direta

Iranianos comemoram a entrada do ano 1393

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Na virada de quinta para sexta-feira, os iranianos comemoraram o Noruz, o ano novo persa. Pelo calendário persa, seguido também no Tajiquistão, Afeganistão e Paquistão, acabamos de entrar em 1393. "O ponto de partida é o mesmo para todos os muçulmanos", explica o correspondente da Folha de S. Paulo em Teerã, Samy Adghirni.  

Noruz, o ano novo persa festejado nas montanha do Curdistão no Iraque. Data comemorada também no Afeganistão, Tajiquistão, Uzbequistão, Turcomenistão, e Paquistão.
Noruz, o ano novo persa festejado nas montanha do Curdistão no Iraque. Data comemorada também no Afeganistão, Tajiquistão, Uzbequistão, Turcomenistão, e Paquistão. REUTERS/Azad Lashkari
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"A fuga de Maomé e seus companheiros de Meca para Medina no ano de 622. Os árabes seguiram um calendário lunar, com anos mais curtos, que acabou se tornando padrão dominante nos países muçulmanos. Na contagem islâmica, estamos no ano de 1435. Já os persas adotaram um calendário solar com anos mais longos".

Estreia de Rowhani

Este é o primeiro ano novo de Hassan Rowhani à frente da presidência iraniana. Em seu discurso, ele priorizou os assuntos econômicos, garantindo à população que "o pior já passou" e que a retomada do crescimento ocorrerá ainda neste ano. O líder assumiu Teerã com uma proposta moderada e um discurso de conciliação com o Ocidente que poderia levar à retirada das sanções contra o programa nuclear iraniano, que esmagam os cofres do país.

"O Irã fez concessões importantes e já diminui o ritmo das centrais atômicas, em troca Teerã pôde retomar algum comércio com o exterior e já recuperou fundos que estavam bloqueados. Mas isso ainda não se refletiu na vida das pessoas. A inflação é altíssima a moeda continua desvalorizada e não há sinais de que o desemprego diminui", conta Adghirni.

Direitos Humanos

O Irã enfrenta ainda um outro problema, que dificilmente chega aos discursos oficiais: a questão dos direitos humanos. "Há uma pressão cada vez maior do poder Judiciário e do aparato repressor para aplicar a lei da forma mais agressiva e conservadora", afirma o correspondente. Ele observa que o número de enforcamentos - principalmente por tráfico de drogas - disparou, assim como a pressão contra jornalistas e presos políticos.

Para ouvir o Linha Direta com o correspondente Samy Adghirni, clique no link acima.
 

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