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Ucrânia/crise

OTAN convoca Rússia para reunião extraordinária sobre crise na Ucrânia

Em meio à tensão com a possibilidade de uma intervenção militar russa na Ucrânia, a comunidade internacional tenta acalmar os ânimos e encontrar uma solução diplomática. Nesta quarta-feira (5), a Rússia e a OTAN realizam uma reunião extraordinária para tratar da crise ucraniana.

O presidente russo Vladimir Putin.
O presidente russo Vladimir Putin. REUTERS/Mihail Metzel/RIA Novosti/Kremlin
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O embaixador da Rússia na OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Alexandre Grushko, e os representantes dos países-membros da organização se reúnem nesta quarta-feira em Bruxelas para tentar encontrar uma solução diplomática para a crise na Ucrânia. O anúncio da reunião veio após dias de trocas de acusações dos dois lados.

Na segunda-feira, Grushko criticou organização de  uma série de reuniões da OTAN nesta semana. Para ele, isso apenas “aumenta a tensão e demonstra que a mentalidade da Guerra Fria continua em vigor [na organização]”. Nesta terça-feira, o secretário-geral da Otan, Anders Rasmussen, afirmou  que a Rússia está "violando a soberania e a integridade territorial da Ucrânia".

As mesmas palavras foram usadas pelo chefe da diplomacia norte-americana Johh Kerry. Ele também declarou em Kiev que os Estados Unidos condenam o "ato de agressão" da Rússia contra a Ucrânia. Kerry também acusou a Rússia de querer procurar um “pretexto” para invadir o país vizinho. “Está claro que a Rússia está fazendo todo o possível para invadir a Ucrânia”, declarou em uma entrevista coletiva na capital ucraniana.

O secretário de Estado norte-americano evitou, porém, o tom de ameaça direta. “O presidente Obama e eu queremos deixar claro para a Rússia e para todos no mundo que nós não estamos procurando um confronto Há melhores maneiras para a Rússia de defender os seus interesses legítimos na Ucrânia”.

Putin

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, também usou um discurso firme em uma entrevista na televisão nesta terça-feira (4). Para ele, a crise na Ucrânia é o resultado de um "golpe inconstitucional". Ele também declarou seu apoio ao presidente deposto Viktor Yanukovitch.

Sobre a possibilidade de uma intervenção militar na Crimeia, ele declarou que essa ainda não é uma opção “no momento”, mas não descartou a hipótese. “Se eu tomar a decisão de usar as forças armadas, essa será uma decisão legítima. Ela responderá perfeitamente às normas do direito internacional porque ele será tomada por um presidente eleito legitimamente”.

 

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