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Linha Direta

Venezuelanos fazem novos protestos e exigem a renúncia de Maduro

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Há quase duas semanas, opositores ao governo bolivariano protestam contra a alta dos preços e a insegurança na Venezuela. Nesta terça, os opositores devem voltar às ruas para pedir também a saída do presidente venezuelano Nicolás Maduro. Nossa correspondente em Caracas, Elianah Jorge, traz mais detalhes sobre os protestos.

Manifestantes contrários aos presidente venezuelano Nicolás Maduro invadiram as ruas do país nas duas últimas semanas.
Manifestantes contrários aos presidente venezuelano Nicolás Maduro invadiram as ruas do país nas duas últimas semanas. REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
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A marcha desta terça-feira foi convocada pelo fundador do partido opositor, Voluntad Popular, Leopoldo López, acusado pelo governo da Venezuela de homicídio. “Ele decidiu convocar a marcha não apenas para se apresentar à justiça venezuelana, mas também para levar um documento no qual constam as insatisfações da população da Venezuela”, explica Elianah.

López pediu aos insatisfeitos com o governo de Nicolás Maduro que se vistam de branco e que o aguardem na Plaza Venezuela, região central de Caracas. Depois de passar dias escondido, ele deve participar do protesto e, ao lado dos manifestantes, ir até a sede do ministério de Interior e Justiça, onde entregará o documento.

O governador do município Libertador, Jorge Rodríguez, negou a autorização para a marcha opositora ser realizada. “Por isso, não se sabe ao certo o que irá acontecer: se Leopoldo irá manter o protesto ou se os manifestantes opositores irão ignorar as ordens do presidente e do prefeito Rodríguez”, reitera a correspondente.

Manifestantes presos

De acordo com a Ong Fórum Penal Venezuelano, 153 pessoas foram presas recentemente por causa das manifestações, todas com idades entre 18 e 25 anos. "Elas fizeram denúncias de que foram obrigadas por militares a se despirem e a passar gasolina em todo o corpo enquanto estiveram presas", diz a jornalista, lembrando que 57 pessoas também foram apresentadas aos tribunais entre os dias 13 e 14 de fevreiro.

Elianah lembra que os manifestantes não foram os únicos alvos da violência. "Muitos jornalistas que estão cobrindo os protestos aqui na Venezuela denunciam que sofreram agressões ou que tiveram equipamentos roubados ou danificados", sublinha.

Expulsão de diplomatas

A correspondente relata que, além da repressão aos opositores, Maduro decidiu radicalizar mais uma vez contra os diplomatas dos Estados Unidos em Caracas, expulsando três deles. "Eles têm até 24 horas para deixar a Venezuela, ou seja, eles devem deixar o país ainda nesta terça, após terem sido acusados de estar vinculados ao financiamento de grupos violentos", declara a jornalista.

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