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Linha Direta

Em discurso, Obama pede compromisso do Congresso

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Na noite dessa terça-feira (28), o presidente Barack Obama voltou ao Capitólio para fazer seu quinto discurso sobre o “Estado da União”, uma prestação de contas e apresentação de metas ao povo americano. Diante de um Congresso dividido, Obama não fez novas grandes promessas, mas pediu que todos trabalhem juntos para destravar propostas pendentes para que 2014 seja "o ano da ação."

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama,  em discurso anual no Congresso americano, 28 de janeiro de 2014.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em discurso anual no Congresso americano, 28 de janeiro de 2014. REUTERS/Larry Downing
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Obama prometeu usar sua autoridade, emitir ordens executivas e agir sem o Congresso quando e onde for possível para avançar sua agenda que foca sobretudo na classe média. O presidente falou que esse pode ser um grande ano para os Estados Unidos e questionou se os senadores e deputados vão ajudar ou atrapalhar esse progresso. "Com um Congresso dividido, Obama tem ficado com as mãos atadas para governar", afirma a correspondente da Rádio França Internacional (RFI), em Washington, Raquel Krahenbühl. 

No ano passado, houve a primeira paralisação do governo em quase duas décadas. As perspectivas para esse ano não são melhores por conta das eleições legislativas em novembro. Sabendo dessa dificuldade, Obama declarou sua independência do Congresso. Uma maneira também de tentar pressionar os congressistas a agir.

O presidente passou mais da metade do discurso falando de política doméstica – investimentos em infraestrutura, tecnologia, inovação, energia, educação e tudo para expandir a economia, e sobretudo oportunidades econômicas para a classe média e para reduzir a desigualdade no país.

Ele lembrou que os salários estão estagnados, a desigualdade, maior, a mobilidade, interrompida,  e por isso quer medidas para acelerar o crescimento e fortalecer a classe média.

Segundo a correspondente da RFI, a diferença agora é que o presidente americano anunciou algumas ordens executivas: uma delas diz respeito ao aumento do salário mínino dos prestadores de serviço do governo que ganham pouco. Outra decisão anunciada foi a aplicação de novas regras para contas de aposentadoria.

Reforma da imigração

Barack Obama quer ver a reforma do sistema de imigração - uma de suas prioridades domésticas - aprovada ainda esse ano. Ele lembrou que republicanos e democratas no Senado já fizeram sua parte e pediu que os dois partidos façam o mesmo na Câmara. Isso estimularia o crescimento econômico e reduziria o déficit em quase U$ 1 trilhão nas próximas duas décadas, segundo especialistas.

Obama também pediu mais uma vez uma chance à diplomacia com o Irã antes de aprovar novas sanções contra o país, defendeu um estado independente para os palestinos, com garantia de segurança para os israelenses, além do fim da guerra na Síria e um governo democrático no comando do país.

Ele pediu mais uma vez o fechamento da prisão de Guantânamo e, apenas de passagem,  falou que impôs limites ao uso de drones e de programas de espionagem para reconquistar a confiança do público dentro e fora de casa.

Republicanos criticam discurso

Os republicanos criticaram e falaram que o discurso foi "mais do mesmo", informa Raquel Krahenbühl. O presidente da Câmara, o republicano John Boehner, falou que Obama está sem ideias, e mais interessado em falar de ideologias do que em resolver os problemas, e que o presidente focou demais em propostas que dividem os dois partidos.

Outros lembraram, que ele tem poder limitado e que as ordens executivas anunciadas são uma ameaça à oposição. "A verdade é que o presidente Obama apresentou uma agenda menos ambiciosa, reciclando velhas propostas", diz a correspondente da RFI. "Resta saber o que vai avançar nesse ano eleitoral", conclui.

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