Posse de De Blasio na prefeitura de Nova York tem casal Clinton
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Os nova-yorkinos começam 2014 com um novo prefeito. Depois de 12 anos sob o comando de Michael Bloomberg, a maior metrópole norte-americana será governada a partir de hoje pelo democrata Bill de Blasio. Um político próximo da família Clinton, ele foi eleito com uma plataforma claramente de esquerda, com a campanha centrada na denúncia do aumento gritante da desigualdade social e na promessa da criação de um imposto sobre os salários mais altos para financiar a pré-escola pública gratuita na cidade.Clique acima para ouvir o correspondente da RFI em Nova York, Eduardo Graça
O significado da eleição de De Blasio pode ser traduzido na cerimônia de posse. Embora tenha se tornado prefeito de fato um minuto depois da meia-noite, em um evento familiar, realizado em sua casa no Brooklyn, o ex-vereador se instala oficialmente na prefeitura na tarde desta terça-feira, em evento comandado pelo ex-presidente Bill Clinton, com a presença confirmada da ex-secretária de Estado Hillary Clinton e do governador do estado de Nova York, Andrew Cuomo, dois nomes cotados para a sucessão do presidente Barack Obama.
A expectativa dos nova-yorkinos, e especialmente da ala mais à esquerda do Partido Democrata, é que De Blasio possa oferecer um modelo de administração mais voltado para as questões sociais, sem colocar em risco os principais trunfos da Era Bloomberg, como a segurança pública e a revolução urbanística da cidade.
Primeiras medidas
De Blasio anunciou como primeira medida de sua gestão o fim das carruagens no Central Park, para alegria dos defensores dos direitos dos animais. Um inegável marco do turismo da cidade, imortalizado por Hollywood, o passeio está com seus dias contados. O primeiro auxiliar direto nomeado foi o comandante da polícia local, William Bratton, depois de 14 anos sob a direção de Raymond Kelly.
Um fator importante na campanha eleitoral foi o ataque do novo prefeito a uma das bases da estratégia de policiamento da administração Bloomberg, o chamado stop-and-frisk, com a revista constante de jovens negros e latinos, em vigor durante anos a fio, até ser considerada prática discriminatória pela Justiça federal no ano passado.
Uma das heranças positivas da era Bloomberg foi justamente a diminuição da violência em Nova York. Os números não mentem: durante a gestão Bloomberg, Nova York celebrou uma queda de 49% no número de homicídios, chegando ao recorde de 330 assassinatos este ano.
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