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Bangladesh/Manifestações

Confrontos entre policiais e manifestantes causam duas mortes em Bangladesh

Duas pessoas morreram em confrontos entre policiais e opositores do governo em Dacca, capital de Bangladesh. Com medo da violência, as forças de segurança haviam proibido a chamada "marcha pela democracia", movimento que exige o adiamento das eleições legislativas previstas para o dia 5 de janeiro. Mas os manifestantes ignoraram a proibição e partiram para as ruas. A repressão veio em canhões de água e tiros.

Opositor ferido é socorrido por companheiros em Dacca
Opositor ferido é socorrido por companheiros em Dacca REUTERS/Andrew Biraj
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"Atiramos para dispersar os manifestantes, que haviam lançado centenas de bombas caseiras", se explicou o chefe de polícia Nur Alam Siddiqui. De acordo com uma fonte policial, um agente de segurança morreu atingido por uma dessas bombas na estação ferroviária de Kamalapur, na capital. No bairro periférico de Rampura, o cenário se repetiu e outra pessoa morreu.

As manifestações deveriam ser conduzidas pela líder da oposição Khaleda Zia, mas a polícia a impediu de sair de casa. Ela, que já ocupou duas vezes o cargo de chefe do Executivo, discursaria para a massa, exigindo a demissão da primeira ministra Sheikh Hasina e o adiamento das eleições legislativas. Aos jornalistas reunidos diante de sua casa, ela afirmou que o governo de Bangladesh é "ilegal" e que a "democracia está morta" no país.

No sábado, a polícia prendeu cerca de 1000 opositores, como "medida preventiva" e todos os serviços de transporte da capital foram interrompidos, isolando Dacca do resto do país. Cerca de 11 mil policiais foram deslocados para a cidade.

Com 275 mortos em manifestações, este foi o ano mais violento desde que Bangladesh se tornou independente do Paquistão, em 1971. Desde então, a instabilidade política impera: foram mais de 20 golpes de estado em pouco mais de 40 anos de história.

 

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