Conflitos no Sudão do Sul já fizeram quase 122 mil refugiados
Quase 122 mil pessoas deixaram suas casas desde o início dos conflitos no Sudão do Sul, em meados de dezembro, informou em Genebra, a Agência das Nações Unidas para Coordenação de Ajuda Humanitária (Ocha). Agências humanitárias fazem apelo à comunidade internacional por ajuda para financiar operações.
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Entre esses refugiados, cerca de 63 mil encontraram abrigo nas bases da ONU nas localidades de Juba, Bor, Malakal, Bentiu e Panang. Só na capital Juba, 25 mil pessoas abandonaram seus domicílios.
O governador do Estado sudanês de Nilo Blanco (na fronteira com o Sudão do Sul), Youssef al Shanbali, prometeu acolher e facilitar o acesso aos serviços básicos para os refugiados.
As agências humanitárias lançaram um apelo à comunidade internacional para recolher 166 milhões de dólares para financiar as operações de ajuda alimentar, médica e de distribuição de produtos de primeira necessidade.
Diante da escalada de violência, 26 grupos de direitos humanos e da sociedade civil do Sudão e Sudão do Sul pediram em comunicado o fim dos combates e o início do diálogo.
Guerra pelo poder
Os confrontos neste país africano começaram no dia 15 de dezembro, depois que o presidente Salva Kiir acusou seu ex-vice-presidente Riek Machar - destituído por ele em julho - de tentativa de golpe de Estado. Machar nega estas alegações e acusa o presidente de querer eliminar seus rivais.
O petróleo é responsável por 95% da economia do Sudão do Sul e tem sido seriamente afetado pelo conflito. O governo afirma que as instalações não foram atingidas, apesar de as companhias terem começado a retirada de seus funcionários. O Sudão do Sul enriqueceu com o petróleo após a independência, mas a pobreza ainda atinge a maioria da população.
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