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Nelson Mandela/África do Sul

Em Qunu, moradores dão último adeus a Mandela

O avião com o corpo de Nelson Mandela chegou ao aeroporto de Mthatha às 13h30 locais (9h30 em Brasília). De lá, o cortejo fúnebre seguiu de carro para Qunu, vilarejo natal do líder da luta contra o apartheid. O enterro será realizado de forma tradicional diante de um número restrito de participantes neste domingo. O cemitério familiar não será aberto ao público.

Centenas de pesoas esperam pela passagem do cortejo fúnebre de Mandela que segue para Qunu.
Centenas de pesoas esperam pela passagem do cortejo fúnebre de Mandela que segue para Qunu. RFI/Alexandra Brangeon
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Na chegada do aeroporto de Mthatha, centenas de pessoas se aglomeraram para dar um último adeus ao ícone sul-africano. O clima, porém, não era de tristeza. A população local saudou a passagem do cortejo fúnebre com cantos, danças e gritos de “Viva Mandela!”.

O governo havia pedido que, ao longo do caminho entre o aeroporto e Qunu, os moradores formassem uma grande corrente humana. Apesar de essa área rural não ser densamente povoada, a participação popular marcou esse último trajeto de Mandela.

Alguns moradores, porém,  se disseram frustrados por não poderem ter acesso a um funeral público. "Muitas pessoas aqui achavam que iam ter a chance de vê-lo. Afinal, temos o museu [de Mandela] aqui. Eles poderiam ter feito um velório aberto aqui para que pudéssemos fazer mais uma homenagem. As pessoas [em Pretória] tiveram três dias para fazer isso”, disse à AFP Asiphe Vinjwa, de 25 anos, que levava seu filho nas costas como é costume na região.

Antes do sepultamento neste domingo, uma cerimônia oficial com honras de Estado e convidados ilustres será transmitida pela televisão. Mas o arcebispo Desmond Tutu, antigo companheiro de luta contra o apartheid, não deve estar presente. Ele disse não ter recebido um convite oficial.

Enterro tradicional

Após essa última cerimônia pública, o corpo de Mandela será enterrado no cemitério da família longe dos olhos da mídia e sem acesso ao público. O ritual seguirá os costumes da etnia xhosa da qual Madiba era originário.

No ritual de adeus, os representantes mais velhos do clã Thembu farão discursos e sacrificarão um boi em homenagem aos antepassados. "O funeral é uma cerimônia complexa. Temos que entrar em contato com os nossos ancentrais e assegurar o descanso do morto”, declarou Jonginyaniso Mtirara, chefe do clã de Mandela.

 

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