Após visita de Hollande, Brasil libera importação de queijo roquefort
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A visita do presidente francês, François Hollande, ao Brasil, teve repercussões no comércio exterior bilateral, sobretudo no setor agrícola. Ontem o ministério da Agricultura brasileiro suspendeu o embargo do queijo roquefort que é feito com leite cru. Para as autoridades brasileiras, o laticínio representava um risco sanitário, mas, com essa mudança, a liberação das importações já tem caráter imediato.A pauta de assuntos agrícolas também destacou a questão do frango. O ministro delegado do setor agroalimentar, Guillaume Garot, disse que os franceses tocaram nesse assunto com as autoridades brasileiras. A França quer uma concorrência de igual para igual com o Brasil, mas sabe que precisa tornar o frango francês mais competitivo. Com a desvalorização do real , o frango brasileiro ficou mais barato e, por isso, mais competitivo também na questão do preço. Garot insistiu, porém, que o produto não é fonte de conflito entre os dois países.O objetivo declarado da viagem de Hollande é reforçar os vínculos comerciais entre os dois países. Ontem chanceleres e os ministérios do Comércio, além de representantes do setor empresarial assinaram a declaração de intenções do Foro Econômico França Brasil que estabelece as bases para fortalecer a cooperação e aumentar o intercâmbio entre os dois países. A meta já estabelecida é dobrar até 2020, o volume de trocas comerciais, que no ano passado chegou a 27 bilhões de euros, um valor duas vezes maior do que alguns anos atrás.Para atingir estes objetivos, os setores público e privado se unem para identificar as oportunidades de comércio bilateral e promover a circulação de bens e serviços além de investir em tecnologia e estimular negócios envolvendo empresas de pequeno porte. O enviado especial da RFI ao Brasil, Elcio Ramalho, explica quais os outros temas que dominaram a agenda do presidente François Hollande e da presidente Dilma Rousseff.