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Polônia/Impasse

Encerramento da 19 a Conferência do Clima acontece sob tensão

Após dez dias de negociações, a 19ª Conferência do Clima da ONU – a COP 19 – tem um encerramento em clima de discórdia devido aos desentendimentos na fixação de metas para países ricos e em desenvolvimento sobre cortes nas emissões de gases de efeito estufa. A União Européia (UE) criticou nesta sexta-feira, 22 de novembro, a posição de alguns países como China e Índia, que bloquearam a evolução das discussões no evento.

A comissária europeia pela Ação Climática, Connie Hedegaard (direita) e a representante queniana Alice Akinyi Kaudia, durante a COP 19, em Varsóvia.
A comissária europeia pela Ação Climática, Connie Hedegaard (direita) e a representante queniana Alice Akinyi Kaudia, durante a COP 19, em Varsóvia. AFP PHOTO / JANEK SKARZYNSKI
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A Conferência deveria, oficialmente, terminar na noite desta sexta-feira. Mas de acordo com a vice-ministra do Meio Ambiente da Polônia, Beata Jaczewska, muitos assuntos ainda não discutidos serão abordados madrugada adentro.

A UE quer estabelecer as bases de um compromisso mundial do clima até a conferência em Paris, em 2015, quando a comunidade internacional tem por objetivo assinar um acordo global e ambicioso para 2020 sobre a redução das emissões de gases de efeito estufa e limitar o aquecimento global. No entanto, um grupo de 12 países, entre eles a China, a Índia, a Arábia Saudita e a Venezuela, se recusam a ter as mesmas metas que os países desenvolvidos.

Para os emergentes, as nações industrializadas devem ser mais implicadas nas decisões, já que historicamente elas são responsáveis pela emissão da maior parte dos gases poluentes. Eles exigem, assim, que no texto a ser assinado na COP 19, esteja estabelecido que as nações em desenvolvimento estão dispostas a “engajamentos” e os desenvolvidos sejam responsáveis pelas “ações”. Para a comissária europeia pela Ação Climática, Connie Hedegaard, estas condições são "inaceitáveis".

Uma nova versão do texto final do evento, que já foi modificada três vezes, deve sair entre o final da noite desta sexta-feira e a madrugada deste sábado. Os pontos mais sensíveis do acordo são a ajuda financeira dos países desenvolvidos aos emergentes para que esses possam combater as mudanças climáticas, e a criação de um mecanismo para gerenciar as perdas e danos vividas pelas nações em desenvolvimento com o aquecimento global.

Ongs abandonam evento

Ontem, 13 organizações não-governamentais como o Greenpeace e a WWF, além de 800 participantes abandonaram o evento, irritados com a não-evolução das discussões. As ongs consideram que a conferência deveria ser uma etapa importante na transição para um futuro sustentável, mas nenhum avanço foi registrado. Em duas semanas de conferência, poucas decisões concretas foram tomadas.
 

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