Greve de lixeiros em Madri traz riscos de doenças e ameaça turismo
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Ouvir - 03:31
Papéis, garrafas e todo tipo de embalagens estão espalhas e amontoadas pelas ruas de Madri devido a uma greve de lixeiros em protesto contra um plano de demissão e cortes nos salários. A paralisação, que entrou em seu nono dia nesta quarta-feira, continua sem previsão de terminar. Órgãos sanitários já alertam para risco de doenças por causa do acúmulo de lixo nas ruas. A correspondente em Madri, Luisa Belchior, relata que a situação começa a ficar muito preocupante.
Nem os pontos turísticos como a Porta do Sol e a elegante fachada do Teatro Real, onde se encontra a Ópera da capital espanhola, escapam da sujeira e estão entre os locais mais críticos. Diante da suspeita de que a cidade possa ser invadida por ratos e doenças, moradores já pedem a intervenção do Exército para limpar as ruas. Mas o governo local diz que ainda não é motivo para decretar emergência.
Cortes
A greve foi decidida após o anúncio feito pelo governo e as empresas gestoras da coleta de lixo de um corte de 1.130 funcionários como medida de contenção de gastos. O governo madrilenho, que é um dos mais endividados da Espanha, reduziu o orçamento para o serviço de limpeza pública, que até então era considerado um dos melhores da Europa.
Além dos prejuízos para o comércio, a prefeitura de Madri teme que as imagens de lixo pelas ruas da cidade possam assustar turistas e ter impacto nessa importante fonte de receita para os cofres públicos.
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