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Jornais destacam assassinato de jornalistas da RFI e quadros roubados na Alemanha

O assassinato dos dois jornalistas da RFI sábado, no norte do Mali, e a descoberta de 1.500 quadros roubados pelos nazistas, escondidos durante décadas em um apartamento de Munique, estão nas manchetes desta terça-feira, 5 de novembro de 2013.

Primeiras páginas dos diários franceses.
Primeiras páginas dos diários franceses. RFI
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O Le Monde se refere às mortes da repórter Ghislaine Dupont e do técnico Claude Verlon, da RFI, como um crime hediondo. Mesmo se as circunstâncias ainda não estão esclarecidas, escreve o Le Monde, "os assasinatos foram cometidos por criminosos dispostos a tudo, cujo modo de ação lembra o de outros reféns assassinados na região do Sahel por traficantes".

O crime em Kidal revela a insegurança que reina no norte do Mali, uma situação que a intervenção militar francesa não resolveu. Para não cair na armadilha de uma guerra sem fim, o Le Monde recomenda negociações políticas entre o governo do Mali e os grupos rebeldes e tuaregues separatistas do norte do país.

O diário conservador Le Figaro relata que cinco pessoas que podem dar pistas sobre os assassinos teriam sido presas pelos militares franceses nesta segunda-feira.

Mas a principal manchete do jornal conservador é sobre a incrível descoberta dos 1.500 quadros roubados pelos nazistas e descobertos em um apartamento em Munique.

Tesouro achado em Munique

O Le Figaro revela que esse "tesouro estimado em mais de 1 bilhão de euros", escondido durante décadas por um homem que hoje tem 80 anos, filho de um colecionador do período nazista, inclui obras de Picasso, Chagall e Paul Klee. As obras foram confiscadas por nazistas ou vendidas por judeus perseguidos, segundo a revista Focus alemã.

O caso já era conhecido da polícia desde 2010, mas nunca tinha sido divulgado até a reportagem da imprensa alemã no final de semana. As autoridades alemãs admitem que estão trabalhando no caso há meses.

O colecionador do "tesouro maldito", Rolf Nicholas Cornelius Gurlitt, foi descoberto por acaso, quando policiais alemãs controlaram no outono de 2010 os passaportes dos passageiros que faziam uma viagem de trem entre Zurique e Munique, conta o Le Figaro.

"O velhinho de cabelos brancos tirou da carteira documentos falsos e ainda por cima tinha com ele 9 mil euros em dinheiro não declarados. Intrigados, os policiais descobriram que Gurlitt simplesmente não existia para as autoridades alemãs. Ele vivia sob uma identidade falsa, não declarava impostos ao Tesouro e ainda morava num apartamento em Munique cercado de obras valiosas, que há anos eram procuradas por peritos da área."

O Le Parisien se refere ao achado como "A louca história do saque nazista". O jornal avalia que encontrar os proprietários das obras não vai ser uma tarefa fácil.

O jornal francês comenta que o governo alemão está constrangido com a revelação tardia do caso. O Aurjoud'hui en France cita declaração de Anne Weber, fundadora da Comissão para as Obras de Arte Roubadas na Europa. "É um escândalo que as autoridades não tenham publicado até agora uma lista completa e detalhada das obras encontradas." O governo alemão diz que manteve o sigilo para proteger a investigação.

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