Justiça portuguesa reabre inquérito do caso Maddie

A Justiça portuguesa reabriu a investigação sobre o caso da garotinha britânica Madeleine McCann, que desapareceu na estação balneária da Praia da Luz, em 3 de maio de 2007. De acordo com o Ministério Público do país, "novos elementos" motivaram o retorno ao inquérito. Em comunicado, os pais da menina se disseram "muito felizes com a reabertura oficial da investigação para reencontrar Madeleine, nossa filhinha desaparecida". No texto, Kate e Gerry McCann dizem esperar "que isso finalmente nos permita reencontrá-la e descobrir o responsável por ese crime".

Foto de Kate e Gerry McCann, pais de Madeleine desaparecida desde maio de 2007. REUTERS/Andrew Winning/Files

Entre 2007 e 2008, a polícia portuguesa conduziu a investigação debaixo de uma chuva de críticas, principalmente por parte da imprensa inglesa. O ponto mais polêmico do procedimento foi a intimação aos pais da garota, inocentados logo depois.

Depois, em março de 2012, uma nova equipe foi destacada pela polícia judiciária de Portugal para reexaminar o caso a partir do Porto, quando surgiram indícios de que ela poderia ter sido sequestrada por uma rede de pedofilia.

Em julho deste ano, foi a vez do Reino Unido, que há dois anos estudava o desaparecimento de Maddie, abrir seu próprio inquérito e pedir colaboração das autoridades portuguesas. Hoje, a polícia judiciária deu seu sinal verde para a realização dos "procedimentos pedidos pela Scotland Yard", confirmou o diretor nacional do órgão, José Almeida Rodrigues.

A reabertura do caso permitirá, principalmente, que a polícia recolha novos depoimentos. Na semana passada, a Justiça inglesa recebeu mais de 2,4 mil ligações e e-mails depois da exibição de programas televisivos e da publicação de dois retratos falados de um um que teria sido visto carregando uma criança de "cabelos loiros" na noite do desaparecimento de Madeleine McCann.