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Número de clandestinos expulsos na França caiu 40% em um ano

Críticas sobre a queda do número de imigrantes clandestinos expulsos na França e as análises sobre os problemas de arrecadação do governo são os temas em destaque na imprensa francesa desta quarta-feira, 9 de outubro.

Capa dos jornais franceses, Les Echos, Aujourdh'ui en France, La Croix e Le Figaro desta quarta-feira, 9 de outubro de 2013
Capa dos jornais franceses, Les Echos, Aujourdh'ui en France, La Croix e Le Figaro desta quarta-feira, 9 de outubro de 2013
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As expulsões dos imigrantes clandestinos estão em queda livre na França, avisa em sua manchete o Le Figaro. Baseado em estudos do departamento da polícia que trata de questões relacionadas às fronteiras do país, o jornal conservador constata que existe menos controle e menos investigações sobre as redes criminosas, além da redução de expulsões de imigrantes em situação irregular.

Apesar do discurso firme do ministro do Interior Manuel Valls sobre o tema imigração, os números mostram uma diminuição de 40% de expulsões no país entre 2012 e 2013. Ou seja 14.800 pessoas em situação irregular foram expulsas da França nos 8 primeiros meses deste ano contra 37 mil no mesmo período do ano passado. As estatísticas são catastróficas, conclui o Le Figaro.

O La Croix dedica sua manchete à busca dos europeus por soluções para evitar tragédias como a da semana passada em Lampedusa que deixou centenas de mortos.
O jornal católico aproveitou a reunião dos ministros do Interior da União Europeia ontem, em Luxemburgo, para evocar o delicado tema do controle de imigração no continente.

La Croix explica as principais medidas adotadas pelos europeus para lutar contra o o fluxo de clandestinos, como a criação da agência Frontex, e, por outro lado, revela que o assunto divide muitos países. Um exemplo é a decisão da Alemanha e da Suécia de não mudar o texto que prevê o tratamento dos pedidos de asilo pelo país onde o imigrante clandestino chega.

A União Europeia também não se intromete em medidas de alguns governos como o da Itália que decidiu punir os cidadãos que ajudarem um imigrante em situação irregular no país.

O Les Echos investigou em detalhes o projeto de orçamento da França e descobriu que houve um aumento de receitas fiscais, principalmente devido ao aumento da cobrança dos impostos de renda e das empresas. Apesar da previsão de arrecadar quase 288 bilhões de euros, ainda vão faltar 15 bilhões, segundo as previsões do governo.

Ou seja, o reajuste dos impostos que irrita cada vez mais os franceses ainda não está sendo suficiente para fechar as contas do estado. O governo culpa a crise econômica, já que menos crescimento significa menos receita fiscal, escreve o Les Echos.

O Aujourd'hui en France faz um balanço das cidades francesas que têm o IPTU mais caro, um imposto que também subiu este ano. Surpreendentemente, Paris está entre as cidades mais baratas, com um valor equivalente a 1.900 reais por ano. Montpellier, no sul da França, tem o imposto sobre a habitação mais caro do país: cerca de 3.900 reais por ano.
 

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