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Quênia/terrorismo

Polícia queniana e terroristas travam batalha em shopping em Nairóbi

A polícia queniana e os terroristas da milícia Al Shebab travam uma batalha no shopping Westgate em Nairóbi. O ministro do Interior do Quênia, Joseph Ole Lenku, afirmou que as forças policiais controlam todos os andares do shopping, mas barulho de explosão e de tiros continuam a ecoar do interior do prédio.

Pessoas fogem das redondezas do centro comercial Westgate depois de ouvirem explosões e tiros.
Pessoas fogem das redondezas do centro comercial Westgate depois de ouvirem explosões e tiros. REUTERS/Thomas Mukoya
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As autoridades quenianas esperam neutralizar ainda hoje a ação do grupo de islamitas que invadiu o shopping Westgate em Nairóbi no sábado passado deixando mais de 60 mortos e 200 feridos. Em uma rápida entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira, o ministro do Interior, Joseph Ole Lenku, chegou a dizer que a ação de retomada do shopping estava no “fim”. Mas, pelo twitter, a polícia definiu a operação como “um esconde-esconde” com o grupo terrorista que está fortemente armado. As autoridades policiais do Quênia informaram, porém, que estavam ganhando “cada vez mais terreno” contra os terroristas da milícia islâmica Al Shebab.

Imagens do local mostram uma espessa cortina de fumaça saindo do shopping de onde se ainda ouvem explosões. Dentro do centro comercial, o chefe do exército queniano, Julius Waweru Karangi, informou que os terroristas queimam colchões para despistar a polícia. David Kimaiyo, comandante da polícia, informou que conseguiu libertar “quase todos” os reféns que estavam nas mãos dos terroristas no centro comercial Westgate em Nairóbi. As autoridades quenianas não divulgaram, porém, quantas pessoas foram salvas e quantas ainda podem estar em poder dos Al Shebab.

A Cruz Vermelha reviu para baixo o número de mortos no ataque. Em vez dos 69 mortos divulgados anteriormente, a entidade afirmou que houve 62 mortos. O erro ocorreu porque algumas vítimas foram contadas mais de uma vez. Sammy Nyongesa Jacob, do Instituto Médico Legal da capital queniana, declarou: "Nós recebemos 38 corpos, mas restam apenas 16. Os demais já foram levados pelas famílias", explicou.

Estratégia

Entre os terroristas, a polícia informou que eles pertencem a nacionalidades diferentes. Filmes feitos pelas câmeras de segurança do shopping mostram que o grupo de atiradores seria formado 12 combatentes que entraram no shopping pela entrada principal e pelo estacionamento armados com granadas, metralhadoras e pistolas.

Frédéric Gallois, ex-chefe da polícia de operações especiais da polícia francesa, avaliou que a estratégia dos terroristas é fazer com esse ataque dure o maior tempo possível, o que é mais “apavorante que um atentado”. Para a polícia, o desafio é “salvar o máximo possível de reféns” e dar um fim a essa tensão dramática.

 

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