Conflito na Síria acirra instabilidade nos mercados mundiais, diz Les Echos

Os jornais franceses desta quinta-feira, 5 de setembro, dão ampla cobertura à reunião de líderes do G20, o grupo que reúne as vinte maiores economias do mundo, a partir de hoje em São Petersburgo. A instabilidade econômica nos países emergentes somada à perspectiva de uma ação militar na Síria criam um clima no encontro.

Capa dos jornais franceses Libération, La Croix e Les Echos desta quinta-feira, 5 de setembro 2013

Para o diário católico La Croix, essa reunião será uma ocasião para verificar se o fórum do G20 pode ser uma alternativa mais eficaz para definir um interesse comum entre as nações, diante da paralisia do Conselho de Segurança da ONU. O jornal é pessimista em relação a um desfecho positivo e acredita que no caso do conflito sírio, Estados Unidos e França sairão do encontro mais isolados na defesa de uma intervenção militar no país árabe.

O diário econômico Les Echos nota que a crise na Síria reforça a instabilidade nos mercados mundiais, gera especulação em torno dos preços do petróleo, reduz a confiança dos investidores, entre outros fatores, e por isso precisa ser superada. Se continuar sem solução, o conflito pode colocar em risco a retomada do crescimento mundial.

Libération observa que Barack Obama e François Hollande estão sozinhos diante da decisão de detonar uma ação militar na Síria.

Já o diário conservador Le Figaro dedica sua manchete ao que chama de nova guerra fria entre Obama e Vladimir Putin. O jornal assinala que o presidente russo acolhe os dirigentes do G20 em posição de força. Vista de Moscou, a crise síria demonstra a impotência dos ocidentais, afirma o editorial do Le Figaro.