Parlamento francês discute intervenção militar na Síria
O parlamento francês debate nesta quarta-feira, dia 4 de setembro, em sessão extraordinária, a participação da França em uma eventual ação militar na Síria para punir o regime de Bashar al-Assad pelo uso de armas químicas. O presidente francês François Hollande disse hoje que qualquer que seja o resultado da votação no Congresso americano, na próxima segunda-feira, a França está determinada a agir.
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O primeiro-ministro francês Jean-Marc Ayrault tentará convencer hoje os deputados e senadores franceses da necessidade de agir contra o regime de Bashar al-Assad pelo ataque químico que matou mais de 1.400 civis. A proposta sobre a intervenção na Síria não será submetida imediatamente à votação. As diversas forças políticas poderão, no entanto, questionar a posição do governo socialista e manifestar suas opiniões.
Como chefe das Forças Armadas, o presidente François Hollande não precisa consultar o parlamento para agir, mas os políticos estão divididos e 74% dos franceses, segundo pesquisa divulgada hoje, querem que haja uma votação antes de uma ação militar.
Em entrevista esta manhã, o chanceler Laurent Fabius disse que, apesar dos temores de represália, a intervenção ocidental deverá favorecer uma solução política do conflito na Síria.
Para complicar a tomada de decisão do presidente americano Barack Obama e de seu homólogo François Hollande, principais defensores da operação militar, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, advertiu ontem que uma "ação punitiva" poderia ter impacto sobre os esforços que estão sendo feitos para facilitar uma solução política do conflito.
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