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Fato em Foco

Temas econômicos do G20 são ofuscados por tensão sobre a Síria

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As reuniões ministeriais que antecedem a cúpula do G20 começam nesta segunda-feira, em São Petesburgo, na Rússia. O ponto alto acontece na quinta e na sexta, quando os presidentes das 20 maiores economias debaterão os principais desafios da economia mundial. Porém este G20 ocorre sob a sombra de um momento tenso das relações internacionais, com a possibilidade de uma intervenção militar externa na Síria. Além disso, o diálogo entre americanos e russos sofreu um grave abalo desde o caso Edward Snowden.

Vladimir Putin e Barack Obama haviam se reunido no G20 de 2013, no México.
Vladimir Putin e Barack Obama haviam se reunido no G20 de 2013, no México. REUTERS/Jason Reed/Files
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O presidente Barack Obama chegou a anular uma reunião bilateral que faria na quarta com o russo Vladimir Putin, depois que Moscou concedeu asilo ao ex-agente americano. De acordo com o Numa Mazat, especialista francês sobre a Rússia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o cancelamento indica que Washington agora espera um esforço dos russos para normalizar as relações. Isso poderia acontecer através do conflito sírio.

Conforme o professor do Instituto de Economia, o tema da guerra civil na Síria e a possível intervenção ocidental no país vai acabar ofuscando as discussões econômicas, já que o clima de tensão entre os países é latente. Enquanto os Estados Unidos defendem dar um basta ao regime do presidente Bashar al-Assad, a Rússia, aliada do ditador, vem bloqueando qualquer retaliação ao regime desde o início do conflito. A cúpula do G20 certamente vai ser uma oportunidade para os países dialogarem sobre o assunto, à margem dos temas econômicos.

Entre outras autoridades, o Brasil estará representado pela presidente Dilma Rousseff e os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e das Relações Exteriores, Luiz Alberto, Figueiredo. Eles devem sofrer pressão dos russos para se pronunciarem com mais ênfase contra uma operação militar, segundo Numa Mazat.

Sob o ponto de vista econômico, objetivo oficial do evento, a queda do crescimento nos países emergentes e o início da retomada econômica nos desenvolvidos marcam uma mudança no cenário internacional, que se reflete nas negociações comerciais. Mas o pesquisador observa que os mercados emergentes permanecem muito atraentes para os ricos.

Para escutar a entrevista, clique em “ouvir”, acima.

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