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Egito/Crise

Irmandade Muçulmana convoca novos protestos neste sábado no Egito

Após os confrontos que fizeram dezenas de mortos na sexta-feira, 16 de agosto, no Cairo, e o massacre liderado pelo exército que deixou mais de 500 vítimas fatais na quarta-feira, a Irmandade Muçulmana convocou novas manifestações a partir desse sábado. Os países europeus temem o início de um conflito armado no Egito e alguns já começaram a repatriar seus cidadãos.

Partidários do presidente deposto Mohamed Mursi durante protestos nessa sexta-feira no Cairo.
Partidários do presidente deposto Mohamed Mursi durante protestos nessa sexta-feira no Cairo. REUTERS/Youssef Boudlal
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Diversos bairros da capital egípcia se transformaram novamente em um campo de batalha nessa sexta-feira e pelo menos 80 pessoas morreram nos conflitos entre as forças de ordem e os partidários do ex-presidente Mohamed Mursi. Logo após o início do toque de recolher, a Irmandade Muçulmana convocou uma semana de protestos a partir desse sábado. O grupo, do qual faz parte o líder deposto pelos militares, diz estar formando uma “Aliança contra o golpe de Estado”. Eles também querem denunciar a morte de pelo menos 578 pessoas no massacre liderado pelo exército na quarta-feira.

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Hugo Bachega, correspondente da RFI no Cairo

Diante da escalada de violência e do risco do início de uma guerra civil, os países europeus já cogitam reexaminar suas relações com o Cairo. A chefe da diplomacia da União Européia, Catherine Ashton, anunciou que uma reunião com os embaixadores dos membros do bloco deve ser organizada na segunda-feira em Bruxelas para discutir o assunto.

Alguns países escandinavos, como Suécia, Noruega e Finlândia, começaram a repatriar seus cidadãos que vivem no território egípcio. Já outras nações europeias emitiram comunicados pedindo que as pessoas evitem visitar o Egito nesse momento por causa da onda de violência. O ministério alemão das Relações Exteriores emitiu um aviso aos turistas, desaconselhando viagens a qualquer parte do país em crise, incluindo às estações balneárias do mar Vermelho. A companhia de turismo alemã TUI informou, por sua vez, que “aqueles que já estão nas áreas do litoral podem continuar seus percursos, pois essas zonas não foram afetadas pelos conflitos”. Mas por precaução, a empresa anulou todas as viagens saindo da Alemanha em direção ao Egito até o dia 15 de setembro.

Operadoras de turismo com saídas da França também cancelaram as viagens ao Egito. O ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, disse que nenhum plano de retirada de cidadãos estava em andamento por enquanto e que isso seria avaliado de acordo com a evolução da situação. Ele repetiu que os franceses no Egito receberam “instruções de permanecer em casa”. A Grã-Bretanha também recomenda que seus cidadãos não viajem ao Egito.

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