Um ano após massacre de mineiros, tensões sindicais seguem na África do Sul
Esta sexta-feira marca o primeiro aniversário da tragédia da mina de Marikana, no norte da Africa do Sul. Em 16 de agosto de 2012, a polícia abriu fogo contra mineiros, deixando 34 mortos e 78 feridos. Até agora, os responsáveis não foram identificados e as tensões sindicais que levaram à tragédia continuam vivas.
Publicado em:
Desde que aconteceu o massacre, dois grandes sindicatos - o moderado NUM, próximo do partido do presidente Jacob Zuma e o radical AMCU - têm disputado o apoio dos mineiros de forma violenta. Já aconteceu uma série de intimidações e assassinatos. A última vítima foi uma militante do NUM, executada na porta de sua casa no início desta semana.
Autoridades sul-africanas têm conclamado os líderes dos dois grupos a fazer declarações "responsáveis", para evitar o banho de sangue. Nesta linha, o AMCU convidou o sindicato rival a participar das solenidades que acontecem nesta sexta-feira no local da chacina, proposta imediatamente rejeitada pelo NUM, que acusa o AMCU de centralizar a cerimônia. Além de atos religiosos, está previsto um minuto de silêncio.
Criticado pela falta de resultados do inquérito policial sobre o massacre, Jacob Zuma não confirmou presença no evento, mas pediu que a sociedade aproveite a ocasião para fazer uma reflexão sobre a violência, que lembra os piores momentos do regime segregacionista do apartheid.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro