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Imprensa francesa analisa os 100 dias do Papa Francisco

Duas manchetes dividem as capas dos jornais franceses desta terça-feira: os primeiros 100 dias de pontificado do papa Francisco e a dose diária de más notícias, relacionadas com a crise, para os contribuintes europeus.

Papa Francisco no Vaticano, 3 de junho de 2013
Papa Francisco no Vaticano, 3 de junho de 2013 REUTERS/Tony Gentile
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Segundo o diário econômico Les Echos, seis anos após o início da crise dos subprimes, que partiu dos Estados Unidos e contaminou a Europa, ainda existem 1 trilhão de euros de ativos tóxicos ou duvidosos estocados em bancos europeus que concentram esses ativos podres, os chamados "bad banks".

Só na Alemanha, de acordo com o diário, estão estocados 600 bilhões de euros em ativos podres, aguardando por uma liquidação que será paga pelos contribuintes. A mesma situação insana se vê na Bélgica, com o passivo do Banco Dexia: 266 bilhões de euros de dívidas provenientes de ativos podres, que precisarão de 63 anos para ser liquidadas.
A crise financeira está longe de ser resolvida e fragiliza o sistema bancário na Europa; é uma verdadeira bomba de fragmentação, escreve o Les Echos.

Papa Francisco

Os 100 primeiros dias do papa Francisco no Vaticano também chamam a atenção dos jornais.

O Le Figaro afirma que Francisco é desconcertante. Ele provoca entusiasmo por onde passa, mas deixa também no ar muitas interrogações, principalmente no meio católico.

O Le Figaro constata que em cem dias, o papa argentino diminuiu o vão que estava separando a Igreja dos fiéis. A audiência das missas no Vaticano quadruplicou. Popular e anticonformista, o papa Francisco agrada os fiéis, mas em relação a reformas na Igreja ele ainda não tomou nenhuma decisão importante. Ele vive num espaço paralelo ao da Cúria Romana, que é a administração central da Igreja, deixando muitos cardeais desnorteados.

La Croix diz que desde sua eleição no dia 13 de março, o papa Francisco tem seduzido pela simplicidade e o calor humano. Segundo o diário católico, devagarzinho, com um toque aqui, outro ali, o papa vai mudando os velhos hábitos do Vaticano. Ele impõe um estilo simples e direto, fustigando uma abertura da Igreja até então fechada em si mesma, diz o diário.

 

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