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Fundadora de Rede das Prostitutas diz que governo brasileiro teme evangélicos

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“Sou Feliz Sendo Prostituta”. A frase faz de uma campanha do Ministério da Saúde brasileiro para conscientizar prostitutas sobre a importância da prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Fazia, pois a campanha foi sumariamente retirada da internet, onde começou a ser divulgada no último final de semana, coincidindo com o Dia Internacional das Prostitutas, dia 2 de junho. A Comissão de Diretos Humanos da Câmara, liderada pelo deputado pastor Marco Feliciano, pediu explicações do ministério, que já anunciou a exoneração de Dirceu Greco, responsável pela campanha.

Imagem da campanha do ministério da Saúde para conscientização de prostitutas.
Imagem da campanha do ministério da Saúde para conscientização de prostitutas. Divulgação
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Gabriela Leite é fundadora da Associação Davida, da Rede Brasileira de Prostitutas, que reúne 33 associações, e também da griffe Daspu. Ela denuncia a pressão feita pela bancada evangélica contra a campanha que a Rede Brasileira de Prostitutas ajudou a conceber, durante uma oficina em João Pessoa.

O ministério da Saúde não quis se pronunciar em entrevista à Rádio França Internacional, mas através de uma nota oficial explicou que a campanha não havia ainda sido aprovada pela assessoria de comunicação social do ministério.

A brasileira Camille Cabral, ex-vereadora em Paris, é fundadora da Pastt, uma associação que atua na luta e prevenção pela saúde e condições de trabalho dos transexuais. Através de sua associação, ela oferece assistência também aos profissionais do sexo. Sem conhecer detalhes da campanha censurada, Camille Cabral disse que aprova a mensagem e seu objetivo, mas acha que deveria ser restrita ao público-alvo, ou seja, dos profissionais dos sexos, ou usado em seminários.

Confira as entrevistas na reportagem, clicando em “ouvir”.
 

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