Visita de Biden é sinal de importância crescente do Brasil, dizem analistas
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A visita do vice-presidente norte-americano, Joe Biden, é outra indicação de que Barack Obama pretende dar mais atenção ao Brasil neste seu segundo mandato, de acordo com os especialistas ouvidos pela Rádio França Internacional.
Para o cientista político Riordan Roett, professor da universidade Johns Hopkins e autor de vários livros sobre o Brasil e a América Latina, as relações entre os dois países voltam a se estreitar, após um período tenso durante o governo do presidente Lula, quando havia muitas divergências em relação a temas como o comércio internacional e a política para o Oriente Médio.
Os Estados Unidos são atualmente o segundo parceiro comercial do Brasil, atrás da China. Além de buscar maneiras de incrementar as trocas comerciais e resolver diferenças ligadas à política monetária e a medidas protecionistas, os dois países têm discutido sobre a cooperação energética. Os brasileiros têm interesse na tecnologia americana para extrair gás natural, enquanto os americanos estão de olho nas reservas de petróleo do pré-sal.
Em outubro, a presidente Dilma Rousseff será a primeira líder estrangeira a fazer uma visita de Estado a Washington este ano. Durante um discurso no Rio de Janeiro, Joe Biden elogiou esta semana o Brasil e disse que o país "já emergiu".
Uma afirmação que exprime a intenção dos americanos de cultivarem uma relação mais calorosa com os brasileiros, mas que James Green, especialista em história brasileira da Universidade Brown, considera otimista demais. Ele diz ainda que apesar de começarem a reconhecer a importância do país, os americanos precisam se esforçar um pouco mais para compreender os fundamentos da política externa de Brasília e as raízes históricas da aspiração do Brasil a se tornar uma potência global.
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