EUA exigem que Hezbollah se retire de conflito sírio
Os Estados Unidos exigiram nesta quarta-feira que o Hezbollah libanês se retire "imediatamente" do conflito na Síria. O exército sírio, com o apoio da milícia xiita, anunciou ter conquistado o aeroporto de Dabaa, o que permite uma ofensiva ampla contra os rebeldes em Qousseir.
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A porta-voz do departamento de estado americano Jennifer Psaki, declarou que a participação de militantes do Hezbollah, nos combates na cidade de Qousseir e em outros pontos do país, é inaceitável e extremamente perigosa. O grupo libanês é considerado pelo governo americano como organização terrorista.
Tropas de elite sírias e combatentes do Hezbollah cercaram hoje rebeldes sírios no norte de Qousseir. O Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, adotou também nesta quarta-feira, uma resolução condenando a intervenção de combatentes estrangeiros junto às forças de Damasco em Qousseir, sem fazer referência direta ao grupo xiita libanês.
O chanceler francês, Laurent Fabius, estimou que o Hezbollah tem entre 3.000 e 4.000 combatentes na Síria. A alta comissária para os direitos humanos, Navi Pillay, disse que o “número crescente de soldados estrangeiros que atravessam a fronteira encorajam a violência religiosa”.
O poder na Síria é mantido pela comunidade minoritária alauíta, um braço dos xiitas, enquanto a maioria da população síria e dos rebeldes é sunita. O controle de Qousseir é essencial para a rebelião, porque a cidade é o principal ponto de passagem de combatentes e armas do Líbano, mas também por estar situada no caminho que liga Damasco ao litoral.
Bashar Al Assad
O presidente sírio Bashar al Assad pretende se candidatar a um terceiro mandato em 2014, segundo o ministro de Relações Exteriores sírio Walid Mouallem, em uma entrevista ao canal de televisão árabe Mayadeen.
"Se o povo quiser que ele se candidate, ele vai ser candidato", disse o ministro. Segundo ele, Assad está em comunicação permanente com seu povo. A rebelião na Síria, que pede que Assad deixe o poder, já causou 94.000 mortes desde março de 2011 e obrigou mais de cinco milhões de sírios a abandonarem o país.
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