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Nota zero para o governo francês na gestão da educação

As críticas do Tribunal de Contas francês ao sistema educacional na França, o risco da diretora-gerente do FMI ser indiciada por um antigo escândalo financeiro e até o mau tempo persistente no país são os destaques da imprensa francesa desta quinta-feira.

Capa dos jornais franceses Libération, Le Figaro e Les Echos desta quinta-feira,23
Capa dos jornais franceses Libération, Le Figaro e Les Echos desta quinta-feira,23
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O relatório divulgado ontem pelo Tribunal de Contas faz um diagnóstico grave sobre a gestão da educação na França, escreve o Les Echos. O diário destaca sobretudo as críticas para a promessa de François Hollande de contratar mais 60 mil professores.

Especialistas indicam que a contratação de mais professores ou mesmo a supressão de 80 mil postos durante o governo do ex-presidente Sarkozy são decisões inúteis porque não enfrentam o verdadeiro problema da educação francesa que tem práticas obsoletas, escreve o jornal.

O Le Figaro escreve em sua manchete que o Tribunal de Contas denunciou um grande erro de Hollande. A referência é à tese defendida pelo do presidente socialista de que a contratação de professores vai melhorar o ensino no país. O problema da educação na França não está ligado a um número insuficiente de professores, insiste o jornal conservador.

O relatório mostra o contrário: que o sistema tem meios mas custa caro, não consegue resolver os problemas de desigualdades e o nível está em queda livre. Nota zero para o governo, diz o Le Figaro.

A possibilidade da ex-ministra francesa da Economia, Christine Lagarde, atual diretora-gerente do FMI, ser indiciada hoje pela justiça francesa é a manchete do jornal Libération.

O jornal relembra o escândalo financeiro conhecido na França como caso Tapie, nome do um empresário e político francês Bernard Tapie que recebeu uma bolada de 400 milhões de dólares pela venda de sua participação na empresa Adidas.

O negócio envolveu o banco público Crédit Lyonnais que teve prejuízos. Supremo Tribunal de Justiça da França vai esclarecer se Lagarde beneficiou o empresário, como se suspeita , escreve o Libération. A decisão da justiça pode custar o posto dela de chefe do FMI, diz o jornal.

O Católico La Croix traz em sua manchete o assunto que mais se discute na França nos últimos dias: a chuva e o mau tempo.
 

O jornal católico constata que a meteorologia não é um assunto tão fútil como se imagina. Em plena primavera, quando todos esperavam sol e calor nesta época do ano, o mau tempo se instalou de vez e já dura várias semanas por isso virou tema central de conversas de todos os franceses, segundo o jornal.

Curiosamente, o assunto criou uma espécie de ligação social entre as pessoas e as previsões do tempo são acompanhadas de perto e com um caráter quase profissional por comerciantes, agricultores e por quem trabalha direta ou indiretamente com turismo já que estes setores são sensíveis ao que acontece com o tempo, afirma o La Croix.
 

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