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Eleições/Islândia

Conservadores devem vencer eleições legislativas na Islândia

Descontentes com a situação econômica no país, os islandeses votam neste sábado para renovar o Parlamente e escolher um novo Primeiro Ministro, muito provavelmente, da oposição. Feita na manhã deste sábado, a última pesquisa de intenções de votos feita antes do início do pleito, indicava a vitória do conservador Bjarni Benediktsson (43 anos) sobre o centrista Sigmundur David Gunnlaugsson (38). A chegada de um destes homens ao poder singifica uma troca geracional, já que a atual Primeira Ministra, Johanna Sigurdardottir, de 70 anos, se despediu da política na última sexta-feira.

O líder do Partido da Independência, Bjarni Benediktsson, que a boca de urna indica como futuro Primeiro Ministro da Islândia
O líder do Partido da Independência, Bjarni Benediktsson, que a boca de urna indica como futuro Primeiro Ministro da Islândia REUTERS/Balazs Koranyi
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O tema central da campanha foi o endividamento dos proprietários de imóveis, que os dois partidos de oposição ao Movimento esquerda-verde, no poder desde 2009, prometem estabelecer como prioridade. "Acreditamos que podemos fazer muito pelos proprietários individados, mas nosso projeto vai além disso", afirmou Benediktsson à imprensa, depois de votar em Reykjavik. "Para recuperar nossa economia, precisamos crescer, gerar novos empregos", completou. Gunnlaugsson votará mais tarde, em uma região rural no leste do país.

Apesar de se oporem no pleito, os dois partidos estão acostumados a governar juntos. Por isso, analistas acreditam que, passadas as eleições, eles devem estabelecer uma coalizão. Com isso, encerra-se o período de liderança da esquerda. De acordo com pesquisa do instituto Gallup realizada entre 18 e 25 abril, as legislativas devem consagrar o Partido da Independência (direita), com 27,9%, seguido pelo Partido do Progresso (centro), com 24,7%. As duas formações esquerdistas Alliance (social democrata) e Movimento esquerda verde terão de conformar-se com um papel coadjuvante, já que detêm 14,6% e 10% das intenções de voto, respectivamente.

O conservadorismo econômico de Sigurdardottir pode ter causado a vontade de mudança no eleitor islandês. Entre 2008 e 2011, a antiga Primeira Ministra emprestou 1,6 bilhão de euros do Fundo Monetário Internacional e seguiu a maior parte das recomentações do organismo. "Acredito que muita gente teve a impressão que o governo representou muito mais o sistema do que os interesses do povo islandês", afirma Kolbeinn Stefansson, professor de sociologia na Universidade da Islândia.

Em 2009, o eleitorado no país forçou o governo de centro direita a abandonar o poder e convocou eleições legislativas antecipadas, exigindo que vários novos partidos repartissem os cargos. Assim, quinze coalizões dividiram de forma proporcional as 63 cadeiras do Parlamento. Além de uma política econômica mais ousada, os eleitores esperam que o Partido do Progresso e o Partido da Independência possam enterrar a candidatura do país à União Europeia. Depois que a proposta foi lançada em 2009, o processo foi amplamente rejeitado pela opinião pública.
 

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